14/12/2011

Entrevista de Pedro Passos Coelho à SICN

Pedro Passos Coelho deu uma entrevista ao programa Sociedade das Nações , conduzido por Nuno Rogeiro e Martim Cabral.

Afirmou que só o tempo pode mostrar se o acordo que saiu do último Conselho Europeu vai servir para aliviar a pressão dos mercados contra países com problemas de défice público.

O que se está a passar hoje é nova escalada dos juros para novas emissões de dívida da Espanha , da Grécia e do FEEF ( Fundo Europeu de Estabilidade Financeira). Merkel nega reforço do MEEF ( Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira) e agrava nervosismo dos mercados . Não foi preciso muito tempo!

Depois a Grécia pode precisar de ajuda durante 10 anos , a Holanda está em recessão e Bélgica não cumpre défice.

Continua a afirmar com a maior das calmas que o empobrecimento é uma consequência inevitável das medidas de ajustamento que Lisboa se comprometeu a fazer com a troika.

Por muito que tente, Passos Coelho não consegue esquecer o peso da herança recebida. Ontem, voltou a lembrar que não foi ele quem negociou o memorando de entendimento com a troika.

Já tivemos durante muito tempo um Primeiro- Ministro ( José Sócrates) constantemente a falar de herança e do passado de outros governos.

Os portugueses confiaram em Pedro Passos Coelho para que pudesse resolver os seus problema e fosse capaz de amenizar o que considera ser o inevitável empobrecimento do país. Os Portugueses não votaram nele para fazer este tipo de políticas, de outro modo o melhor é ir-se embora.

Um Primeiro-Ministro não cumpre só ordens, também dá ordens, negoceia e busca soluções alternativas. Responde perante os portugueses que o elegeram , e não, perante os tecnocratas europeus. Os portugueses não querem um Primeiro-Ministro que se limite a ser um chefe de turno de uma Europa Franco - Alemã.

Passados seis meses , já deu para ver que o inevitável está na moda. Não haverá outros caminhos? Além de nos emprestarem dinheiro , querem mandar na forma como o aplicamos? O país está aviltante,estranho e ingrato.

Se assim é , não é preciso Governo , a troika que nomeie uma comissão de controle e os portugueses poupam em Governo , ministros, deputados , assessores, etc., etc.

JJ