31/12/2011

2011 e 2012

Este ano de 2011 foi o fim do mito e de um sonho. Que seria possível termos um estado social mas temos um governo anti-social e com medidas a bem de um défice e contra as pessoas.

Estalou o grito pelo direito ao respeito e à dignidade humana, a vida não é só lucro e dinheiro , há áreas do governo que têm que apresentar despesa: saúde , ensino no mínimo.

Os direitos do homem , uma exigência ardente de cidadania e liberdade de consciência vão estar presentes em 2012.

Este ano foi marcado por mais uma fraude democrática , Pedro Passos Coelho disse peremptoriamente que não tomaria determinadas medidas que agora está a tomar sem pejo , alegando desvio nas contas públicas.

Ocultou o que iria fazer e enganou os portugueses. Tratou de justificar as medidas de austeridade responsabilizando o governo anterior. O seu antecessor José Sócrates já o havia feito em 2005. A história repete-se mas agora de uma forma mais gravosa e com a supervisão tutelar da Europa.

Eu penso que há outras maneiras de lutar contra o défice , a começar por taxar as grandes fortunas , os mais ricos, a começar pelos bancos. E, o mais importante combater sem trégua a economia paralela e a fuga aos impostos.

As medidas do governo vão destruir a classe média , os jovens e os idosos. Pouco vai restar.
É injusto e sustem a crise sobre os sectores mais vulneráveis.

A crise vai diminuir o arrecadar de impostos com a contracção do consumo , daí , trará mais crise e mais desemprego.

Esta via sem planificação e sem abordar reformas estruturais principalmente na gestão de empresas não resolverá os problemas .

Espero bem estar enganado, este não é o caminho e não me esqueço que a estabilidade das contas públicas dá credibilidade perante os mercados e a quem nos empresta dinheiro.

Todavia para quem ganhou eleições com acusações que nunca tomaria medidas pressupostas no seu rival ( PS) é confrangedor e até embaraçoso.

É esta contradição que se passou em 2011 que denuncio e não estou de acordo.

O próximo ano de 2012 será inquietante e demolidor para a vida dos portugueses.

JJ