18/11/2011

Investir para Competir

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Congresso das Empresas e da Actividade Económica
CONGRESSO DAS EMPRESAS E DA ACTIVIDADEECONÓMICA: CIP-CEP 17 NOVEMBRO 2011
Investir para Competir
Senhor Presidente da Confederação Empresarial de Portugal
Minhas senhoras e meus senhores:
Muito obrigado, em primeiro lugar, pelo convite para estar aqui presente.
O calendário marca o mês de Novembro, num ano em que, mais doque nunca, as estações pareceram estar trocadas - o Verão confundiu-se com a Primavera e esta com o Outono.Não deixa de ser um prenúncio de uma época onde nada é garantido: o trabalho para a vida já não existe, os políticos são frágeis, a Europa continua enredada em contradições e Portugal,com a mudança de governo, entrou num novo ciclo onde se percebe o esforço de austeridade e de controlo da dívida mas não se vislumbra uma estratégia que potencie o crescimento e a criação de condições para uma verdadeira competitividade.
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Este é um tempo volátil.Os políticos fazem contas de aumentar e diminuir e chegam a conclusões surpreendentes: nuns dias acham que a redução da Taxa Social Única deve ser prioritária porque as empresas precisam de incentivos à sua competitividade, mas no outro dia aumentam ainda mais a carga fiscal e condenam os maiores empregadores a pagar uma taxa extraordinária de IRC.Esta contradição é preocupante e terá seguramente consequências sobre a diminuição do investimento e sobre o timing da recuperação económica.Ninguém de bom senso negará que a austeridade é fundamental para o equilíbrio das contas, mas ninguém de bom senso deve pensar que este caminho se fará sem o crescimento da economia.Somam-se as análises e avançam-se números que, nas últimas estimativas governamentais, indicam que a economia cairá 2,8% em 2012. É uma previsão que nos coloca na fronteira com um cenário de onde será difícil sairmos. Bastará ver o exemplo grego continua

Belmiro de Azevedo