16/10/2011

OS RANKINGS DAS ESCOLAS. QUE FINALIDADE? QUE OBJETIVIDADE?


É sempre subjetivo haver rankings seja do que for, mas acaba sempre por ser um indicador de qualquer coisa. Comparar muitas vezes o incomparável parece muitas vezes não ter sentido, mas numa sociedade tão competitiva como a atual haver termómetros de "medição" do trabalho de cada e de todos como equipa acaba por funcionar como um "espelho", pois se não gostamos da imagem que vemos vamos procurar retocá-la ou mesmo mudá-la de modo que o novo visual seja bem mais apelativo. É isso que no fundo acontece quando anualmente o Ministério da Educação fornece os dados necessários para a publicitação dos resultados das escolas, após a realização dos exames nacionais, pelos diferentes órgãos de informação segundo os critérios que eles (jornais) estabelecem. Logicamente que se fala de subjetividade quando há realidades bem diversas entre Ensino Privado e Ensino Público, entre o ensino nas escolas situadas nas urbes das grandes cidades e escolas situadas num qualquer recanto do interior esquecido e quando se comparam escolas que fazem uma média de exames que não chega sequer aos 100 alunos e outras com uma média de mais de 1000 exames realizados. Apesar de todas estas contrariedades e de aparentes assimetrias que prejudicam a comparação, a medição do trabalho das escolas e dos seus abnegados profissionais é sempre de louvar pois permite melhorias e correções sempre necessárias para que o salto das aprendizagens tenha um teor percentual de cada vez maior qualidade de modo a que se traduza e se reflita numa maior qualidade do Ensino. O Ministério da tutela tem aqui um barómetro excecional para medir, comparar e melhorar os aspetos mais sensíveis do ensino e das aprendizagens retificando ou aconselhando a retificar tudo aquilo que é menos propício a uma melhor qualidade das aprendizagens, procurando deste modo motivar e incentivar as escolas a uma melhor produção do seu trabalho, refletores, por consequência, de melhores resultados escolares por parte dos seus alunos.

Daniel Braga

*texto escrito pelo novo acordo ortográfico