As reivindicações ou as críticas acérrimas a determinadas propostas, feitas pelos sindicatos e pelos partidos da oposição, sobretudo o PCP e o BE, revelam o que há de pior na nossa sociedade.
Vem a propósito da “urticária” com que estes dirigentes ficam a propósito de propostas sobre trabalho cívico que os beneficiários do rendimento de inserção ou mínimo devem exercer.
Pois eu acho que as propostas pecam por serem pobres de ideias e fracas, feitas com medo e complexos de inferioridade.
Negar que há milhares de pessoas que beneficiam do rendimento de inserção e que odeiam trabalhar, é má fé ou distração lamentável e irresponsabilidade política. Mas não se pode generalizar, porque há milhares que se sentem frustrados por estarem ociosos ou andarem em vão à procura de um emprego, desmotivando-as cada vez mais.
Seria esta a altura de se fazer uma alteração específica ao código do trabalho para enquadrar a prestação de serviço cívico destas pessoas, incluindo as que se encontram em situação de subsídio de desemprego.
Todas as empresas e organismos privados e públicos poderiam disponibilizar vagas para inserção sem custos destes trabalhadores, avaliando-se a necessidade de formação adequada, garantida pelo Estado. As pessoas se sentiriam úteis ao receber os subsídios e não uma esmola e estavam a valorizar-se e a ganhar auto-estima.
Muitas delas se revelariam de grande utilidade e até poderiam ser desejadas nas empresas que as integrariam nos seus quadros, sem vínculo durante 5 anos, mas com salários já a serem suportados pelas empresas. Ao fim desse tempo a situação económico-financeira da empresa determinaria a permanência (agora já com vínculo) ou não do trabalhador. Provavelmente de 10 a 15% das pessoas ficariam integradas em empresas.
Se o trabalhador não puder, justificadamente, permanecer na empresa, voltaria ao rendimento de inserção e a uma nova oportunidade de ingressar em outra experiência. A empresa que o acolheu não teria qualquer custo com este fim de colaboração.
Pode dizer-se que empresas poderiam aproveitar-se da situação, mas seria melhor que a atual situação de mendigância e permanente definhamento das pessoas que querem trabalhar e não têm oportunidade. Seria melhor para o Estado, para o trabalhador e para as empresas. Os excessos, comprovados, deveriam ser rigorosamente punidos (reformas na justiça), seja a empresa seja o trabalhador (ou pouco trabalhador).
Qual o mal em se integrar trabalhadores no mercado? Só o dr. Louçã e um punhado de partidários da malandragem fica com alergia quando se propõe trabalho.
Seria uma forma de poupar centenas de milhões ao Estado, ou melhor, ao contribuinte, de reduzir o desemprego, de potenciar a competitividade das empresas, de aumentar o consumo privado, de maior arrecadação de impostos não pela via do seu aumento, mas pela massa tributável. É preciso não ter complexos e ter coragem para impor soluções de saída da crise. O barulho dos de sempre (quanto pior, melhor) não deve ser obstáculo numa época em que o país bateu ao fundo. Há que emergir.
Mário Russo
Vem a propósito da “urticária” com que estes dirigentes ficam a propósito de propostas sobre trabalho cívico que os beneficiários do rendimento de inserção ou mínimo devem exercer.
Pois eu acho que as propostas pecam por serem pobres de ideias e fracas, feitas com medo e complexos de inferioridade.
Negar que há milhares de pessoas que beneficiam do rendimento de inserção e que odeiam trabalhar, é má fé ou distração lamentável e irresponsabilidade política. Mas não se pode generalizar, porque há milhares que se sentem frustrados por estarem ociosos ou andarem em vão à procura de um emprego, desmotivando-as cada vez mais.
Seria esta a altura de se fazer uma alteração específica ao código do trabalho para enquadrar a prestação de serviço cívico destas pessoas, incluindo as que se encontram em situação de subsídio de desemprego.
Todas as empresas e organismos privados e públicos poderiam disponibilizar vagas para inserção sem custos destes trabalhadores, avaliando-se a necessidade de formação adequada, garantida pelo Estado. As pessoas se sentiriam úteis ao receber os subsídios e não uma esmola e estavam a valorizar-se e a ganhar auto-estima.
Muitas delas se revelariam de grande utilidade e até poderiam ser desejadas nas empresas que as integrariam nos seus quadros, sem vínculo durante 5 anos, mas com salários já a serem suportados pelas empresas. Ao fim desse tempo a situação económico-financeira da empresa determinaria a permanência (agora já com vínculo) ou não do trabalhador. Provavelmente de 10 a 15% das pessoas ficariam integradas em empresas.
Se o trabalhador não puder, justificadamente, permanecer na empresa, voltaria ao rendimento de inserção e a uma nova oportunidade de ingressar em outra experiência. A empresa que o acolheu não teria qualquer custo com este fim de colaboração.
Pode dizer-se que empresas poderiam aproveitar-se da situação, mas seria melhor que a atual situação de mendigância e permanente definhamento das pessoas que querem trabalhar e não têm oportunidade. Seria melhor para o Estado, para o trabalhador e para as empresas. Os excessos, comprovados, deveriam ser rigorosamente punidos (reformas na justiça), seja a empresa seja o trabalhador (ou pouco trabalhador).
Qual o mal em se integrar trabalhadores no mercado? Só o dr. Louçã e um punhado de partidários da malandragem fica com alergia quando se propõe trabalho.
Seria uma forma de poupar centenas de milhões ao Estado, ou melhor, ao contribuinte, de reduzir o desemprego, de potenciar a competitividade das empresas, de aumentar o consumo privado, de maior arrecadação de impostos não pela via do seu aumento, mas pela massa tributável. É preciso não ter complexos e ter coragem para impor soluções de saída da crise. O barulho dos de sempre (quanto pior, melhor) não deve ser obstáculo numa época em que o país bateu ao fundo. Há que emergir.
Mário Russo
