Perante o desenvolvimento da actual crise económica, que ultimamente tem atingido de sobremaneira a Europa e a sua moeda, o Euro, não pude deixar de transpirar indignação enquanto escutava, esta manhã, as notícias na rádio. Reportava o locutor que o Presidente da maior potência económica e militar do Planeta se dizia muito preocupado com a crise do Euro e da falta de acordo entre os governantes europeus!
Ou andamos todos distraídos ou então circula muito cinismo e hipocrisia nos corredores do poder de um determinado País, situado no outro lado do Atlântico, cujo Povo maioritariamente admiro.
A nossa moeda, a divisa de todos os europeus, estava a começar ser a referência financeira mundial. Um valor forte, consolidado e com impressão controlada.
As coisas descambaram a partir do momento em que alguns países produtores de petróleo deixaram de negociar na moeda tradicional e se voltaram para o Euro.
Foi aqui que começou todo o problema. Tornou-se necessário “cortar” esta tendência. Fácil para o País que (ainda) domina o sistema financeiro mundial.
Provocou-se uma crise que há muito se antecipava no sector da imobiliário desse País. Sabia-se que os bancos europeus, entre outros, estavam muitos expostos a essa dívida, incentivada, anos a fio, no pressuposto da capacidade de criar riqueza ilimitada através da sua máquina produtora e económica.
Juntando a isto as famosas agências de rating e toda a sua mecânica que me abstenho de qualificar, as instabilidades surgidas junto de países produtores de petróleo que levaram a aumentos brutais do custo dos produtos refinados, que destabilizaram as politicas e metas económicas com objectivos idealizados a médio e longo prazo. È difícil a Países dependentes, ainda que minimamente organizados, poderem resistir a tanta instabilidade, provocada deliberadamente por terceiros!
Por fim os não menos famosos paraísos fiscais. Muito discurso verbal e muito letra escrita de ocasião, com todas as “boas” intenções que o Inferno podia carregar. Tudo ficou na mesma ou pior. Reina agora a impunidade e a falta de consequência(s).A condenação de Madoff foi mais uma vingança interna de alguns investidores do que propriamente justiça. Mas foi muito bem aproveitada em termos publicitários e para lançar algum “nevoeiro” na situação. Madoff não foi mais do que um “scape goat”, como dizem os anglófonos.
Toda a riqueza e dinheiro do Mundo continuam em circulação, não desapareceu!
Porém, a realidade é que essa mesma riqueza está a concentrar-se de uma forma incrivelmente célere, nas mãos e bolsos de algumas dezenas, não muitas, de pessoas e entidades/corporações, que não olham a meios para atingir os seus fins. Os políticos actuais tornaram-se puros paus mandados, autênticas marionetes, num palco de pobres “robertos” que povoam o Mundo de hoje!
A Europa pode ainda ter uma palavra. Para isso teria de haver muita coragem politica. Sinceramente não me parece que os actuais governantes tenham estofo e qualidade, sejam resilentes quanto baste para resistir e ultrapassar a crise, que antecipo vai ser tremenda. Desejo muito, mas mesmo muito, estar enganado. Para bem de todos nós!
JJM
Ou andamos todos distraídos ou então circula muito cinismo e hipocrisia nos corredores do poder de um determinado País, situado no outro lado do Atlântico, cujo Povo maioritariamente admiro.
A nossa moeda, a divisa de todos os europeus, estava a começar ser a referência financeira mundial. Um valor forte, consolidado e com impressão controlada.
As coisas descambaram a partir do momento em que alguns países produtores de petróleo deixaram de negociar na moeda tradicional e se voltaram para o Euro.
Foi aqui que começou todo o problema. Tornou-se necessário “cortar” esta tendência. Fácil para o País que (ainda) domina o sistema financeiro mundial.
Provocou-se uma crise que há muito se antecipava no sector da imobiliário desse País. Sabia-se que os bancos europeus, entre outros, estavam muitos expostos a essa dívida, incentivada, anos a fio, no pressuposto da capacidade de criar riqueza ilimitada através da sua máquina produtora e económica.
Juntando a isto as famosas agências de rating e toda a sua mecânica que me abstenho de qualificar, as instabilidades surgidas junto de países produtores de petróleo que levaram a aumentos brutais do custo dos produtos refinados, que destabilizaram as politicas e metas económicas com objectivos idealizados a médio e longo prazo. È difícil a Países dependentes, ainda que minimamente organizados, poderem resistir a tanta instabilidade, provocada deliberadamente por terceiros!
Por fim os não menos famosos paraísos fiscais. Muito discurso verbal e muito letra escrita de ocasião, com todas as “boas” intenções que o Inferno podia carregar. Tudo ficou na mesma ou pior. Reina agora a impunidade e a falta de consequência(s).A condenação de Madoff foi mais uma vingança interna de alguns investidores do que propriamente justiça. Mas foi muito bem aproveitada em termos publicitários e para lançar algum “nevoeiro” na situação. Madoff não foi mais do que um “scape goat”, como dizem os anglófonos.
Toda a riqueza e dinheiro do Mundo continuam em circulação, não desapareceu!
Porém, a realidade é que essa mesma riqueza está a concentrar-se de uma forma incrivelmente célere, nas mãos e bolsos de algumas dezenas, não muitas, de pessoas e entidades/corporações, que não olham a meios para atingir os seus fins. Os políticos actuais tornaram-se puros paus mandados, autênticas marionetes, num palco de pobres “robertos” que povoam o Mundo de hoje!
A Europa pode ainda ter uma palavra. Para isso teria de haver muita coragem politica. Sinceramente não me parece que os actuais governantes tenham estofo e qualidade, sejam resilentes quanto baste para resistir e ultrapassar a crise, que antecipo vai ser tremenda. Desejo muito, mas mesmo muito, estar enganado. Para bem de todos nós!
JJM