21/08/2011

Diferenças entre as ilhas insulares e as continentais



Continuo sem perceber bem, num contexto de integridade nacional, os benefícios concedidos às regiões insulares em relação às mais distantes províncias continentais portuguesas relativamente ao sempre distante centro de decisão e de poder, chamada Lisboa. Mais concretamente no que diz respeito aos privilégios concedidos à governação da Madeira, personificada numa determinada personagem que “democraticamente” mantém o poder há mais de 30 anos!

A Madeira está a pouco mais de 900 km distância de Lisboa, com ligações aéreas diárias, a hora e meia de distância, a preços reduzidos subsidiados por todos nós. Neste âmbito, de isolamento não se podem queixar. Talvez Chaves e Bragança já não possam dizer o mesmo. Mesmo com auto-estradas, sempre são pelo menos 6 horas, ao volante, pagando combustível, portagens, desgaste da viatura e do condutor, com uma quantidade de perigos associados. Gostava que alguém me explicasse qual a justificação para este tratamento preferencial dado à Madeira.

Vem isto a propósito das continuas arremetidas de um dito cidadão nacional que actua como “dono” da Madeira. Começa a ser insuportável assistir e aturar os desvarios e diversos estados de espírito deste individuo. Não vou entrar em conjecturas sobre os elementos que podem “ajudar” às diferentes e (i)regulares “opiniões” expressadas por tal personagem.
Conheço relativamente bem a Madeira e a realidade madeirense. Um Ilha abençoada pela Natureza, maioritariamente povoada por gente simpática e boa. Mas é dirigida e controlada por uma elite que se comporta e exerce poder e influência de modo quase feudal. As famílias e interesses dominantes são uma realidade inquestionável, conhecida dentro e fora da Ilha.
Como cidadão nacional, cumpridor e pagante, recuso aceitar a constante pressão e chantagem exercida pelo governante que todos conhecem.

Já nem falo da falta de respeito institucional, por exemplo a quando da visita do actual Presidente da Republica, que foi “obrigado” a receber as figura públicas locais no Hotel onde estava instalado, segundo dizem, por “indisponibilidade” de espaço e agenda do parlamento madeirense! Onde já se viu isto? Mas mais grave, considero, é a “subjugação” dos mais altos magistrados da Nação a este desplante!

Agora falta dinheiro na Ilha. Muita obra foi feita, é indiscutível. A que custo? Empreitadas adjudicadas directamente, suspeições nunca devidamente investigadas.
Mas falta dinheiro em todo o País! Convém lembrar que a Madeira tem um dos maiores/melhores índices de qualidade de vida de todo o País.
A crise chegou e os efeitos que nos atingem tem de ser para todos!
Afirmações com ameaças de lesa-pátria tem de ser devidamente enquadradas e analisadas, pelas entidades (criminais…) competentes.

Foi isso que retirei dos ensinamentos que me foram transmitidos no conhecimento da história do nosso País e o conceito associado de patriotismo. Iguais aos ministrados em Coimbra, onde tal pessoa diz ter obtido o seu doutoramento, demorado diga-se de passagem. Mas contra isso nada, até eu gostaria de ter sido estudante, durante muitos anos… como diz o fado, Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida que ninguém quer!

Agora, por favor, é preciso alguém que diga basta à verborreia que tem sido difundida pela personagem que todos conhecemos, infelizmente pelas piores razões. Agora só lhe falta dizer que os antepassados eram índios ou aborígenes e que foram dizimados pelos colonialistas portugueses! È que já não há mais paciência!

JJM