13/06/2011

BÉLGICA


Sigo atentamente a evolução da crise política na Bélgica. Faz hoje um ano que país não tem governo depois de ter havido eleições. É o máximo! O país existe e continua como se nada fosse , a economia está a crescer e pasme-se o défice está a diminuir a bom ritmo. A administração , as escolas , hospitais públicos e tribunais estão a funcionar com naturalidade.Durante este período a Bélgica teve que assumir a presidência rotativa da UE em 2010 e não se saiu nada mal.
Em Portugal algo semelhante seria impensável , tudo pararia e os nossos políticos procurariam logo tirar dividendos de uma situação análoga ( na Bélgica quem o faz é Bart de Wever ultra-direitista e nacionalista). As coisas na Bélgica funcionam e seguem o seu ritmo porque as competências estão descentralizadas e cada entidade sabe o que deve fazer. O problema de fundo na Bélgica é as diferentes perspectivas de flamengos e francófonos sobre a organização do estado.
Mas o mais caricato é que a população está-se nas tintas para que haja ou não governo , daí continua a ter um governo de transição chefiado por Yves Leterne. Os partidos não tomam a decisão de convocar novas eleições e assim seguem sem mais.
Mas na Bélgica como em Portugal , o descrédito dos políticos e da política continua em alta e é necessário uma mudança radical no modo de governar com princípios de transparência e vinculação directa com a população. Há uma grande desorientação por parte da maioria da população é necessário mais igualdade, mais justiça e mais liberdade. A vida dos cidadãos não pode só ser comandada pela economia.
Mas raciocínio por analogia com a Bélgica , para o nosso país melhorar que não haja governo...

JJ