Estou completamente de acordo com os pressupostos da convocatória da manifestação da geração à rasca. A ideia não é original basearam-se no que se passou no Egipto , até aí,nada a acrescentar , deve -se imitar e seguir as boas ideias e práticas. Porém,para quem queria convocar um milhão de pessoas e ficam-se , números avançados pela organização, pelas 40.000 , sabe a pouco! Não questiono a capacidade de mobilização , muita gente vai tentar aproveitar-se desta efeméride , vai aparecer e dizer presente .
Eu não o vou fazer , não sou jovem ,apesar de simpatizar com a ideia . Tendo em conta o número de desempregados jovens seria importante ter uma boa moldura humana e depois do dia 12 de Março , esse encontro ter consequências.
O que se passou numa reunião partidária em Viseu com José Sócrates é no mínimo caricato e lamentável. Os jovens não podem a qualquer preço querer dar nas vistas. Não se pode e não se deve utilizar outras reuniões e locais para querer chamar à atenção e ser protagonista. Tentaram impedir o uso da palavra por José Sócrates, isto é, boicotaram uma reunião livre e normal de apoio à sua candidatura.Não é uma atitude democrática. Provavelmente não gostariam que no dia 12 de Março se fizesse uma contra- manifestação?
Penso que não foram felizes e não é a melhor maneira de credibilizar este movimento e de fazer algo profícuo pelos jovens. O imediato e o facilitismo são inimigos do trabalho aturado e consistente por uma causa.
Se queriam participar nesse jantar partidário do PS de apoio à recandidatura a secretário-geral de José Sócrates , participavam e discretamente entregavam-lhe as suas reivindicações . Porém , escudados no terem pago o jantar , acharam que tinham o direito de fazer o que fizeram. A geração à rasca se quer falar, deve escolher os seus locais e não dos outros num aproveitamento pueril da presença da imprensa. Eu compreendo o descontentamento que sentem por estarem desempregados e haver muitos jovens a trabalharem de forma precária. Todavia não é assim desta maneira que vão lá chegar e dar trunfos a quem os continua apelidar de geração rasca e não à rasca. Eu chamar-lhes-ia geração desenrasca.
JJ