26/11/2010

OE na especialidade


O OE de 2010 vai ser aprovado hoje no parlamento depois de uma maratona de negociações e de casos lamentáveis. os novos acordos : IVA nas IPPS ( restituição do imposto) ; Reforço do Proder ; Insolvência e credores ( prioridade aos trabalhadores) ; Lista de Fundações ( divulgação de verbas) ; Reformas sem cortes ( quem tenha direito até 31/12/2010).

Todavia este OE fica marcado pela excepção aos cortes salariais. Chame-se o que se quiser adaptação ou ajustamento é uma vergonha. Este ajuste da lei a alguns para os favorecer ,cai muito mal , todavia a nossa política é pródiga nestes casos e nuances para favorecer alguns. Ficaria admirado é se não os houvesse ! A política portuguesa tem falta de transparência e higiene. Dizer-se que é uma adaptação e aprovado ao fim de um dia de trabalho parlamentar , só podia ser, para ver se passava despercebido. A política dissimulada , escondida , à socapa, enganadora.

Este mecanismo flexível a verificar casuisticamente de acordo com as informações que venham a ser fornecidas por cada um dos conselhos de administração que venham a ser solicitadas a aplicação deste regime . Balelas meus amigos , estão abertas as portas , não as da frente, mas das traseiras para fazerem o que quiserem ,isto é, não terem cortes salariais ( CGD, TAP , METRO. ÁGUAS , RTP, etc). As que dão lucro vá que não vá , agora empresas que dão prejuízo não faz sentido nenhum. E, a regra deveria ser cortes para todos e não para alguns.

A conclusão é que não há excepção ( dizem eles) mas a adaptação deu em excepção. Estou saturado desta forma de fazer política. Estes políticos pensam que desempenham um papel indispensável , e imaginam que têm o direito de se permitir fazer tudo o que querem , sem que ninguém tenha nada a dizer. Tornam-se autistas , surdos e desviam a sua verdadeira missão servirem as pessoas. Esta não é a forma de servir...

JJ