"Tentativa de Homicídio" é a designação possível de ser aplicada ao que aconteceu ontem em Vila Nova de Famalicão por parte do gerente do Intermarché. Foi inqualificável atitude de um alto responsável do hipermercado Intermarché que lançou a sua viatura contra as dirigentes sindicais e puxou de arma para os restantes dirigentes do piquete de greve. Este senhor só fora à posterior detido após perseguição policial, na sequência da queixa apresentada pelos sindicalistas. É intolerável aceitarmos situações destas e ficamos imunes ao que fazer. Eu próprio já demonstrei a minha profunda indignação aos responsáveis da superfície comercial desta cadeia de supermercados à qual eu faço compras, informando que a partir de hoje deixaria de ser cliente da área comercial próxima da minha área ( Carvalhos ), como forma de solidariedade com os trabalhadores daquela área de Famalicão. Como tal, farei boicote aos serviços do Intermarché enquanto esta empresa não tomar publicamente as devidas contra medidas contra este senhor. É por demais evidente, que a empresa não sabe dar formação aos seus gerentes para lidar com estas situações. Os trabalhadores tiveram todo o direito á greve, pois ninguém se conforma com salários em atraso à vários meses como foi reportado. Além de que, pelos vistos, são constantemente vitimas de pressões e chantagem dentro daquela empresa. Não me compadeço com estas situações e como tal farei boicote aos serviços do Intermaché. Ninguém me diz, que mais gestores não possam andar armados e que em qualquer reclamação que possa vir a fazer, não me venham apontar uma arma à cabeça. Parece excessivo da minha parte, mas isto está virar um Far-West. A própria empresa não tomou uma atitude no incidente, como diz o velho ditado, quem cala consente. Espero que o conjunto de juízes sejam céleres neste processo e actuem em conformidade com o irresponsável acto, pois o lugar deste senhor é na cadeia. A partir de hoje não utilizo mais as lojas Intermarché, como acto simbólico de solidariedade. Nós consumidores temos a faca e o queijo na mão, podemos e devemos educá-los.
António Costa
António Costa