04/10/2010

SAIR DA CRISE

Este terceiro plano no decorrer de uma ano mostrou uma realidade sombria. O PEC aprovado em Março e as medidas adicionais ( PEC2) em Maio. Este plano de Setembro ( PEC3) porventura não será o último. Quanto mais aumentam os impostos mais cresce a economia paralela que representa 30% em Portugal. Os males da economia portuguesa vêm de trás : falta de criação de emprego, produtividade , competitividade e sustentabilidade

Para já, estas medidas acalmaram os mercados, mas a pressão vai continuar se não for cumprida a baixa do défice. O pior já passou, mas os problemas não se esfumaram . Este guião é macabro e os danos foram limitados mas não estamos livres de nova recaída. O FMI acaba de dizer que a austeridade pode não ser a solução de todos os males , pode até ser o problema. Então em que ficamos? Estes cortes provocam uma queda brutal na actividade económica , há 2,3 milhões de pensionistas e perto de 700 mil funcionários públicos com perda de poder de compra. Todos os países à volta de Portugal estão iguais ou parecidos ( Espanha , Irlanda, Grécia , Itália,etc.) . A recuperação será muito lenta e suave , a saída do túnel será em câmara lenta.

A ira e a indignação dos cidadãos com esta dose de austeridade vai-se fazer sentir. Para já estamos aliviados, mas em liberdade vigiada, e todos os nossos passos serão seguidos por esta Europa prepotente liderada pela Alemanha.
A entrada no euro permitiu-nos aceder a capital a preços baixos mas em contrapartida houve uma enorme inflação nos preços ( 1€ são 200 escudos na moeda antiga) , deveria ser criada uma nota de um euro. Talvez tivéssemos , mais a noção do que vale - moeda é moeda vale pouco , para nós . Associada a perda de competitividade e um aumento do défice.
Estamos a pagar a delinquência e temeridade de alguns banqueiros e empresários portugueses.

Vai ser muito doloroso e tenho dúvidas que a economia cresça . É necessário criar planos que fomentem o crescimento e o emprego. Parece-me que a economia está atada de pés e mãos , quase paralisada pela excessiva dívida . A instituição Estado salvou-se à custa dos contribuintes É necessário um esforço de todos e que o Estado logo que possível inverta a sua direcção e se converta num emprestador de última instância

JJ