27/10/2010

AGIR


Os portugueses passaram da fase de estupefacção, para a revolta e daí, para o medo. Em poucos dias,deparamo-nos com notícias que nos deixaram à beira de um ataque de nervos.Mas,pior do que a lista de aumento de impostos e outras medidas,é o sentimento de que tudo isto é apenas a ponta do iceberg. Os políticos,esses,continuam a falar uns para os outros e para os comentadores da televisão e dos jornais. Os comentadores por sua vez falam para os políticos e companheiros de equipa,parece mais um jogo de salão a ver quem é que acerta na roleta.Mas o problema é que em quanto todos se divertem o zé povinho continua pávido e sereno,parece que não é a vida de todos nós que está em jogo.As classes médias apertam o cinto e as médias baixas caem nos limites da pobreza.Temos cerca de dois milhões de pobres e mais de 60% da população vive com 360€/mês.Mas a crise é só para alguns,porque paradirigentes ,directores,administradores,quadros superiores de instituições e empresas continuam no auge, para eles não há crise.Mas pelo que entendo o cidadão comum consegue perceber melhor de economia que os políticos,basta ir ao supermercado e ver o já aumento dos bens alimentares,mesmo sem a subida do IVA .A verdade é que já não nos lembramos de quando a crise começou,só temos na memória as promessas do senhor Primeiro-Ministro de que connosco ia tudo correr bem.Está à vista o resultado. O pior é que ninguém acredita já numa luz ao fundo do túnel. Ouvimos todos os políticos de todos os partidos e parecem um disco riscado.Portugueses chegou a hora de acordar,não podemos continuar a baixar os braços,temos de agir...

MJ