Melgaço: família de homem que morreu após duas idas ao centro de saúde ameaça recorrer ao tribunal
A família de um homem de 36 anos que morreu poucos dias após ter sido assistido por duas vezes no Centro de Saúde de Melgaço ameaçou hoje avançar para os tribunais, alegando negligência médica.
“Estamos apenas à espera do resultado da autópsia, mas já temos o caso nas mãos de um advogado e prometemos ir até às últimas consequências, para apurar o que se passou. Mas parece que não restam dúvidas de que foi muito mal assistido”, disse à Lusa Rui Cavalheiro.
O irmão, Gonçalo Cavalheiro, que era professor de Educação Física na EB 2/3 de Melgaço, foi a 30 de Julho ao Centro de Saúde de Melgaço, onde entrou febril e a queixar-se de cansaço e de alguma dor de garganta.
“Foi-lhe diagnosticada uma faringite e o médico de serviço receitou-lhe um anti-inflamatório, um antipirético e um antibiótico”, contou Rui Cavalheiro.
A 01 de Agosto, Gonçalo voltaria ao centro de saúde “por não sentir qualquer melhora e porque lhe haviam aparecido umas manchas no corpo que o preocuparam”.
“Esta consulta não durou mais de cinco minutos. Não lhe viram a febre, não se preocuparam com o cansaço que bem demonstrava, nem lhe fizeram outro tipo de exame, como por exemplo auscultação e medição da tensão arterial”, critica o irmão da vítima.
Segundo Rui Cavalheiro, “não foi valorizada” a informação do vizinho que transportou o irmão ao centro de saúde, segundo o qual “aquelas manchas poderiam ter sido provocadas pela febre da carraça”.
“O meu irmão deveria ter sido imediatamente encaminhado ao hospital para que lhe fossem feitas análises ao sangue e demais exames. Mas não, foi mandado para casa, onde lentamente adoecia e uma infecção generalizada [septicemia] tomava silenciosamente conta do seu sistema imunitário”, refere a família, na queixa que na terça feira apresentou no Centro de Saúde de Melgaço.
A família acabaria por levar Gonçalo Cavalheiro para os hospitais do Porto, onde acabaria por morrer a 05 de Agosto, depois de ter sido induzido em coma para se tentar identificar o foco da infecção.
“O Gonçalo era um rapaz atlético, forte, desportista e muito saudável, foi jogador de ténis de alta competição. Era dador de sangue e bombeiro voluntário. Transpirava saúde. Não descansaremos enquanto não apurarmos as responsabilidades pela sua morte”, garantiu o irmão.
Contactado pela Lusa, o coordenador do Centro de Saúde de Melgaço, Luciano Sarabando, disse que ainda não tinha “conhecimento formal” da queixa da família, garantindo que logo que o documento lhe chegue às mãos o processo seguirá “os trâmites normais”.
“Tudo o que houver para apurar será apurado”, assegurou o clínico, escusando-se, “para já”, a fazer quaisquer outros comentários sobre o caso.
A família de um homem de 36 anos que morreu poucos dias após ter sido assistido por duas vezes no Centro de Saúde de Melgaço ameaçou hoje avançar para os tribunais, alegando negligência médica.
“Estamos apenas à espera do resultado da autópsia, mas já temos o caso nas mãos de um advogado e prometemos ir até às últimas consequências, para apurar o que se passou. Mas parece que não restam dúvidas de que foi muito mal assistido”, disse à Lusa Rui Cavalheiro.
O irmão, Gonçalo Cavalheiro, que era professor de Educação Física na EB 2/3 de Melgaço, foi a 30 de Julho ao Centro de Saúde de Melgaço, onde entrou febril e a queixar-se de cansaço e de alguma dor de garganta.
“Foi-lhe diagnosticada uma faringite e o médico de serviço receitou-lhe um anti-inflamatório, um antipirético e um antibiótico”, contou Rui Cavalheiro.
A 01 de Agosto, Gonçalo voltaria ao centro de saúde “por não sentir qualquer melhora e porque lhe haviam aparecido umas manchas no corpo que o preocuparam”.
“Esta consulta não durou mais de cinco minutos. Não lhe viram a febre, não se preocuparam com o cansaço que bem demonstrava, nem lhe fizeram outro tipo de exame, como por exemplo auscultação e medição da tensão arterial”, critica o irmão da vítima.
Segundo Rui Cavalheiro, “não foi valorizada” a informação do vizinho que transportou o irmão ao centro de saúde, segundo o qual “aquelas manchas poderiam ter sido provocadas pela febre da carraça”.
“O meu irmão deveria ter sido imediatamente encaminhado ao hospital para que lhe fossem feitas análises ao sangue e demais exames. Mas não, foi mandado para casa, onde lentamente adoecia e uma infecção generalizada [septicemia] tomava silenciosamente conta do seu sistema imunitário”, refere a família, na queixa que na terça feira apresentou no Centro de Saúde de Melgaço.
A família acabaria por levar Gonçalo Cavalheiro para os hospitais do Porto, onde acabaria por morrer a 05 de Agosto, depois de ter sido induzido em coma para se tentar identificar o foco da infecção.
“O Gonçalo era um rapaz atlético, forte, desportista e muito saudável, foi jogador de ténis de alta competição. Era dador de sangue e bombeiro voluntário. Transpirava saúde. Não descansaremos enquanto não apurarmos as responsabilidades pela sua morte”, garantiu o irmão.
Contactado pela Lusa, o coordenador do Centro de Saúde de Melgaço, Luciano Sarabando, disse que ainda não tinha “conhecimento formal” da queixa da família, garantindo que logo que o documento lhe chegue às mãos o processo seguirá “os trâmites normais”.
“Tudo o que houver para apurar será apurado”, assegurou o clínico, escusando-se, “para já”, a fazer quaisquer outros comentários sobre o caso.