Pois muito bem. Apesar dos constantes apelos da sociedade civil ao Presidente da República,no sentido de intervir dentro das suas competências nesta questão do Ministério Público,Sua Exª. não tuge nem muge,como de costume. Confesso que sempre tive e tenho alguma veneração pelos Chefes de Estado, nomeadamente depois do 25 de Abril. Está-me no sangue esse sentimento de respeito,veneração e de o sentir como uma jangada segura para quando o País tivesse um mau tempo a passar.
Actualmente com o que se está a passar no Ministério Público e a quem já um distinto professor de direito apelidou de guerra entre "eles" referindo-se aos Magistrados,estando assim um dos principais pilares do Estado de Direito Democrático em perigo,não faria sentido que S.Exª. tivesse já tido uma palavra para sossegar os cidadãos em geral e os Procuradores em particular? É que caramba, quem o nomeou ao Sr. Procurador Geral foi o Presidente da República,embora sob proposta do PS. E essa proposta se na altura não me entrou bem,agora parece fazer sentido. Que Sua Exª. não queira entraves desta natureza ao gerir a sua agenda com vista à sua eventual recandidatura,percebo. Mas deixar as coisas continuadamente a acontecer,sem que se ouça do Supremo Magistrado da Nação,uma palavra no sentido de pôr ordem na situação,parece-me sinal do que para aí vem,se S. Exª.. ganhar a reeleição. Nada disto interessa ao Estado Democrático,a não ser os imbróglios que alguém preparou para aquecer ainda mais a já fragilizada e desacreditada Justiça. Pois que cumpra o seu dever e fale,mas fale alto,curto e grosso,uma vez que seja,caramba!
Oliveira Neves
Actualmente com o que se está a passar no Ministério Público e a quem já um distinto professor de direito apelidou de guerra entre "eles" referindo-se aos Magistrados,estando assim um dos principais pilares do Estado de Direito Democrático em perigo,não faria sentido que S.Exª. tivesse já tido uma palavra para sossegar os cidadãos em geral e os Procuradores em particular? É que caramba, quem o nomeou ao Sr. Procurador Geral foi o Presidente da República,embora sob proposta do PS. E essa proposta se na altura não me entrou bem,agora parece fazer sentido. Que Sua Exª. não queira entraves desta natureza ao gerir a sua agenda com vista à sua eventual recandidatura,percebo. Mas deixar as coisas continuadamente a acontecer,sem que se ouça do Supremo Magistrado da Nação,uma palavra no sentido de pôr ordem na situação,parece-me sinal do que para aí vem,se S. Exª.. ganhar a reeleição. Nada disto interessa ao Estado Democrático,a não ser os imbróglios que alguém preparou para aquecer ainda mais a já fragilizada e desacreditada Justiça. Pois que cumpra o seu dever e fale,mas fale alto,curto e grosso,uma vez que seja,caramba!
Oliveira Neves
