Rui Fernandes
"Eu só quero que o mundo me veja como um dançarino que não pára de dançar por uma vida conquistada pelos momentos, cheia de sede por ocasiões e nunca farta de beber os novos acontecimentos... "
Há muito, muito tempo, na altura em que os gregos adoravam Atena, construíam enormes e esbeltos edifícios, deixavam relatos, pensamentos e descobertas ao futuro... existiu um menino, um menino com cabelos de cetim, olhos de mar, pele de areia, lábios de ternura... gosto de sal, e toque de açúcar...
Esse menino nasceu numa pequena ilha onde os sabores, cheiros, tradições... se misturavam com os ares das outras 1400 ilhas que perteciam ao pequeno grande império grego, e que fazia da Grécia um país unido em saber, mas desconhecido em aromas perdidos em ilhotas, ilhas, mar...
Astipaléia, fora onde este menino especial nasceu. Guerreiro por natureza, sábio pelo conhecimento e doce pela magia das suas palavras, gestos e sobertudo, pelo contraste de sal e açúcar que este jovem demostrava.
Um dia, este menino que mais tarde se tornou num jovem cidadão, frequentador da Ágora e do Senado, ostracizado por ser tão conhecido pelas suas boas ações na sua cidade, saíu de sua casa, entrou clandestinamente num pequeno barco, cheio de viagens mitológicas, e rumou para a cidade-estado de Atenas, o centro do mundo grego.
Até chegar ao seu destino, o rapazinho, escondido pelas cordas de suporte do barco, aninhado na proa, encontrou uma fenda, e ao longo de uma centena de quilómetros foi-se deliciando pela fauna e flora existente, os olhos viam, mas o seu paladar de conhecimento saciava a sua sede!
Chegado ao porto de Atenas, o rapaz desembarcou. Perdido e só, numa cidade que contrastava os priviligiados e os não-priviligiados... homens de um lado... mulheres, escravos, crianças... de um outro lado desumano, cruel, e injusto... da democracia!
Enquanto andava perdido, vagueando pelas ruas, como um louco que anda a espalhar uma mensagem, apareceu-lhe um homem extremamente bem constituído, com longas barbas, veste simples e branca... e que o saudou com uma voz melodiosa e sábia...
- Sê bem-vindo a Atenas, meu caro fugitivo!
- Eu não sou fugitivo, apenas decidi embarcar em busca de saber... em busca de conhecimento... em busca de mim próprio! - Respondeu o menino, algo constrangido!
- Em qualquer parte que Zeus mandou contruír, existe saber... a procura pode ser mais difícil, mas os persistentes são aqueles que se destinguem dos outros, pela procura incessante!
- Quem sois vós? Perguntou o menino
- Quem sou eu? Quem achais que sou eu?
Os filósofos distinguiam-se da maioria da população pelas perguntas e pelas suas ideias defendidas, desconhecidas aos olhos de uns e perdida na ignorância de outros.
- Sois... alguém em que as palavras se transformam como em caminhos de sabadoria que nos levam ao alcance de descobertas perdidas dentro de cada um de nós como se fossemos...
- filósofos... - concluiu o filósofo. - E tu? Quem sois vós?
- Quem achais quem sou eu? - Ripostou da mesma maneira o menino!
- Sois um rapaz, onde a busca por conhecimento nunca é suficiente para cessar a tua sede de procura... sois alguém que as estrelas se juntam e formam um elo com Zeus e que transferem uma certa dose de fragmentos divinos que fazem de ti, alguém que adora...
- açúcar e sal...
Os dois olharam-se, como que os seus olhos transmitissem a história de centenas de anos, do mestre para o aluno... do sábio para o sabedor!
(... Pode ser confuso, e até pode haver quem não compreenda a história... mas em síntese, o que eu quis dizer neste pequeno relato, é que o conhecimento está dentro de cada um de nós, precisamos de o descobrir e ter empenho em descobri-lo. A ignorância pode ser o trunfo mais valioso que podemos ter... E quem é este rapaz? Este rapaz é alguém mitológico, e que um dia, descobriu que Sal e Açúcar poderiam demosntrar em si, a sábia ignorância e o valor pelo conhecimento! Em suma, este era um homem ideal, que ficou para a história por ser diferente de pequeno, e que fugiu em procura de um novo sonho. E é por isto que devemos lutar... ir em procura a um novo sonho, lutar... porque um dia, seremos recompensados!)
FIM
"Eu só quero que o mundo me veja como um dançarino que não pára de dançar por uma vida conquistada pelos momentos, cheia de sede por ocasiões e nunca farta de beber os novos acontecimentos... "
Há muito, muito tempo, na altura em que os gregos adoravam Atena, construíam enormes e esbeltos edifícios, deixavam relatos, pensamentos e descobertas ao futuro... existiu um menino, um menino com cabelos de cetim, olhos de mar, pele de areia, lábios de ternura... gosto de sal, e toque de açúcar...
Esse menino nasceu numa pequena ilha onde os sabores, cheiros, tradições... se misturavam com os ares das outras 1400 ilhas que perteciam ao pequeno grande império grego, e que fazia da Grécia um país unido em saber, mas desconhecido em aromas perdidos em ilhotas, ilhas, mar...
Astipaléia, fora onde este menino especial nasceu. Guerreiro por natureza, sábio pelo conhecimento e doce pela magia das suas palavras, gestos e sobertudo, pelo contraste de sal e açúcar que este jovem demostrava.
Um dia, este menino que mais tarde se tornou num jovem cidadão, frequentador da Ágora e do Senado, ostracizado por ser tão conhecido pelas suas boas ações na sua cidade, saíu de sua casa, entrou clandestinamente num pequeno barco, cheio de viagens mitológicas, e rumou para a cidade-estado de Atenas, o centro do mundo grego.
Até chegar ao seu destino, o rapazinho, escondido pelas cordas de suporte do barco, aninhado na proa, encontrou uma fenda, e ao longo de uma centena de quilómetros foi-se deliciando pela fauna e flora existente, os olhos viam, mas o seu paladar de conhecimento saciava a sua sede!
Chegado ao porto de Atenas, o rapaz desembarcou. Perdido e só, numa cidade que contrastava os priviligiados e os não-priviligiados... homens de um lado... mulheres, escravos, crianças... de um outro lado desumano, cruel, e injusto... da democracia!
Enquanto andava perdido, vagueando pelas ruas, como um louco que anda a espalhar uma mensagem, apareceu-lhe um homem extremamente bem constituído, com longas barbas, veste simples e branca... e que o saudou com uma voz melodiosa e sábia...
- Sê bem-vindo a Atenas, meu caro fugitivo!
- Eu não sou fugitivo, apenas decidi embarcar em busca de saber... em busca de conhecimento... em busca de mim próprio! - Respondeu o menino, algo constrangido!
- Em qualquer parte que Zeus mandou contruír, existe saber... a procura pode ser mais difícil, mas os persistentes são aqueles que se destinguem dos outros, pela procura incessante!
- Quem sois vós? Perguntou o menino
- Quem sou eu? Quem achais que sou eu?
Os filósofos distinguiam-se da maioria da população pelas perguntas e pelas suas ideias defendidas, desconhecidas aos olhos de uns e perdida na ignorância de outros.
- Sois... alguém em que as palavras se transformam como em caminhos de sabadoria que nos levam ao alcance de descobertas perdidas dentro de cada um de nós como se fossemos...
- filósofos... - concluiu o filósofo. - E tu? Quem sois vós?
- Quem achais quem sou eu? - Ripostou da mesma maneira o menino!
- Sois um rapaz, onde a busca por conhecimento nunca é suficiente para cessar a tua sede de procura... sois alguém que as estrelas se juntam e formam um elo com Zeus e que transferem uma certa dose de fragmentos divinos que fazem de ti, alguém que adora...
- açúcar e sal...
Os dois olharam-se, como que os seus olhos transmitissem a história de centenas de anos, do mestre para o aluno... do sábio para o sabedor!
(... Pode ser confuso, e até pode haver quem não compreenda a história... mas em síntese, o que eu quis dizer neste pequeno relato, é que o conhecimento está dentro de cada um de nós, precisamos de o descobrir e ter empenho em descobri-lo. A ignorância pode ser o trunfo mais valioso que podemos ter... E quem é este rapaz? Este rapaz é alguém mitológico, e que um dia, descobriu que Sal e Açúcar poderiam demosntrar em si, a sábia ignorância e o valor pelo conhecimento! Em suma, este era um homem ideal, que ficou para a história por ser diferente de pequeno, e que fugiu em procura de um novo sonho. E é por isto que devemos lutar... ir em procura a um novo sonho, lutar... porque um dia, seremos recompensados!)
FIM