22/07/2010

UMA VIAGEM A PORTUGAL


O ESTADO DA NAÇÃO

No inicio de 2010 viajei até Portugal , aonde já não ia há bastante tempo .

Pude observar que o norte de Portugal se transformou numa selva de asfalto e de pedra e o verde , muito importante para a saúde física e mental/espiritual , diminuiu bastante . para tristeza minha que imaginava um Portugal cada vez mais semeado de jardins à beira-mar .

Pelas experiências que eu tive , como empresário , pude constatar que os empresários do norte , aqueles que possuem empresas com mais qualidade , estão a fazer um grande esforço em busca de soluções mais criativas e expandindo seus negócios , principalmente buscando mercados no exterior e na CPLP .

Esta atitude de luta e ousadia , em busca de novas soluções , contrasta com a atitude de outros , empresários ou não , que em vez de descobrirem novos caminhos por mares já antes navegados , preferem chorar à espera … mas como diz o poeta Geraldo : “ vem vamos embora que esperar não é saber , quem sabe faz a hora não espera acontecer “ .

Viajando mais para o sul , Alentejo , pude observar uma região bela , prazeirosa , limpa , brilhante , pronta a se transformar numa ex-libris em Portugal através de festivais e todo um conjunto de actividades culturais que podem perfeitamente existir durante todo o ano , atraindo um turismo cultural de alta qualidade , turistas de todas as idades e vindos de todos os lugares do mundo , América do Sul , África , CPLP , e principalmente da Europa do Norte que encontram no Alentejo um paraíso de sol e gente e estruturas físicas prontas .

Observei que o Alentejo apenas precisa de ser mais ousado , perder os complexos culturais e ter mais apoio dos Governos regionais e Central .

A Madeira parece ser um bom exemplo .

Porém , pude constatar que as terras agrícolas alentejanas estão a ser alugadas a pessoas estranhas cujo único objectivo é explorarem estas terras até à sua exaustão completa .

Muitas pessoas estranhas estão a alugar as terras alentejanas para explorarem a azeitona de maneira muito exaustiva ou seja , as oliveiras são plantadas tendo apenas um metro entre elas e depois , com muito adubo químico , elas conseguem produzir a azeitona em grande escala .

Este tipo de agricultura destrói as terras e quem faz isso , após exaurir as terras vai embora sem se importar com a miséria e pobreza que deixa para trás .

Os maiores responsáveis são os donos das terras e os governos regionais que permitem tal desatino .

O Alentejo pode transformar-se numa região ex-libris em turismo cultural pois tem tudo o que precisa para tal bastando apenas o querer desbravador .

Valdemar F. Ribeiro
Angola