Joffre Justino
Parece, infelizmente, que alguns dos militares portugueses continuam a viver em circuito fechado e a terem alguma dificuldade em comunicar com quem pensa diferentemente deles…Soube do ataque feito pelo almirante Vieira Matias a Manuel Alegre.Disse ele, “Fomos os maiores protectores daquela gente…Sentimo-nos traídos por afirmações que eram feitas no estrangeiro por portugueses”.
Bem, eu, apoiante de Manuel Alegre às próximas Presidenciais, teria algo mais a acrescentar às afirmações de Manuel Alegre, que, na verdade, pelo que o DN hoje explicita numa noticia sobre a participação deste antifascista e anticolonialista numa Conferencia para militares, assumiu posições que não são bem as minhas e as de muitos como eu.
Nós defendemos, activamente, a deserção, face a uma guerra injusta, totalitariamente conduzida e politicamente falhada.E mesmo que não tivesse sido militarmente falhada, em Angola, foi-o parcelarmente em Moçambique e totalmente na Guiné Bissau.Os erros da UPA/FNLA e do MPLA justificam a razão da vitoria militar das Forças Armadas Portuguesas em Angola, ao momento do 25 de Abril.O mesmo não aconteceu com a FRELIMO e com o PAIGC.O 25 de Abril evoluiu como evoluiu por isso mesmo.E não fossem Pessoas como Manuel Alegre, e enfim, bem menos claro, eu, os tais talibans estariam de pé bem assente nestes 89000 km2…Infelizmente, o “politicamente correcto” continua a procurar esconder os larguíssimos milhares de Jovens que desertaram antes até de serem “chamados à tropa”, não por medo, não pela fome que nas suas terras tinham, mas por convicção!Como eu.
Que não desertei mas apelei activamente a tal, através dos Comités Guerra Popular, lusoangolano que era e sou.E não desertei porque antes de o fazer fui preso, tendo sido um preso político desde 7 de Abril de 1973 até 12 de Março de 1974.Gritei, com honra, pelo MPLA, e pela Independência de Angola, no Tribunal Plenário aqui, em Lisboa, no ultimo Julgamento terminado antes do 25 de Abril.Erraram os dirigentes que defendi?Sem dúvida!Mas o nosso “Exército” esse estava mais correcto que as FA Portuguesas de então.Porque criámos as condições para que a CPLP pudesse, hoje existir.Para que a Língua Portuguesa continuasse a unir bem mais de 160 milhões de Pessoas no Mundo.Talibans, seja dita a verdade, eram os políticos do regime salazarento e os oficiais generais de então, fanáticos católicos, impondo a religião única no espaço de expressão portuguesa, (os restantes Cristãos que o digam!), politicamente totalitários que eram, incapazes de dialogar como muitos ainda hoje são.Já escrevi e não temo repetir – as FA Portuguesas têm com elas o feito, que merece respeito, militar, não politico, de terem mantido durante 14 anos uma guerra em 3 Frentes Militares.Valeram bem mais que os EUA no Vietname, sem duvida.Mas não deixaram de ter uma linha errada de condução que só não foi desastrosa porque houve quem, no pós 25 de Abril, travasse ímpetos fascizantes e social fascizantes.Como Mário Soares, Manuel Alegre, e os militares Melo Antunes e Vasco Lourenço.Há pois um imenso debate a fazer, ainda, em Portugal.E era bom que os militares, (e não só), se abrissem a esse debate, de vez.Porque são milhares os que em Portugal apelaram a e ou desertaram, por serem activamente contra a Guerra Colonial. Mesmo que estejam silenciados pelos “politicamente correctos”.E porque tinha razão, por duas razões,
As colónias portuguesas tinham inevitavelmente de caminhar para a Independência.A incompetência dos políticos e dos militares e o seu totalitarismo talibiano católico é que impediram que a Guerra tivesse outra duração, bem menor, e outro findar em outro percurso, Democrático e Cultural e Socialmente Alargado.
Parece, infelizmente, que alguns dos militares portugueses continuam a viver em circuito fechado e a terem alguma dificuldade em comunicar com quem pensa diferentemente deles…Soube do ataque feito pelo almirante Vieira Matias a Manuel Alegre.Disse ele, “Fomos os maiores protectores daquela gente…Sentimo-nos traídos por afirmações que eram feitas no estrangeiro por portugueses”.
Bem, eu, apoiante de Manuel Alegre às próximas Presidenciais, teria algo mais a acrescentar às afirmações de Manuel Alegre, que, na verdade, pelo que o DN hoje explicita numa noticia sobre a participação deste antifascista e anticolonialista numa Conferencia para militares, assumiu posições que não são bem as minhas e as de muitos como eu.
Nós defendemos, activamente, a deserção, face a uma guerra injusta, totalitariamente conduzida e politicamente falhada.E mesmo que não tivesse sido militarmente falhada, em Angola, foi-o parcelarmente em Moçambique e totalmente na Guiné Bissau.Os erros da UPA/FNLA e do MPLA justificam a razão da vitoria militar das Forças Armadas Portuguesas em Angola, ao momento do 25 de Abril.O mesmo não aconteceu com a FRELIMO e com o PAIGC.O 25 de Abril evoluiu como evoluiu por isso mesmo.E não fossem Pessoas como Manuel Alegre, e enfim, bem menos claro, eu, os tais talibans estariam de pé bem assente nestes 89000 km2…Infelizmente, o “politicamente correcto” continua a procurar esconder os larguíssimos milhares de Jovens que desertaram antes até de serem “chamados à tropa”, não por medo, não pela fome que nas suas terras tinham, mas por convicção!Como eu.
Que não desertei mas apelei activamente a tal, através dos Comités Guerra Popular, lusoangolano que era e sou.E não desertei porque antes de o fazer fui preso, tendo sido um preso político desde 7 de Abril de 1973 até 12 de Março de 1974.Gritei, com honra, pelo MPLA, e pela Independência de Angola, no Tribunal Plenário aqui, em Lisboa, no ultimo Julgamento terminado antes do 25 de Abril.Erraram os dirigentes que defendi?Sem dúvida!Mas o nosso “Exército” esse estava mais correcto que as FA Portuguesas de então.Porque criámos as condições para que a CPLP pudesse, hoje existir.Para que a Língua Portuguesa continuasse a unir bem mais de 160 milhões de Pessoas no Mundo.Talibans, seja dita a verdade, eram os políticos do regime salazarento e os oficiais generais de então, fanáticos católicos, impondo a religião única no espaço de expressão portuguesa, (os restantes Cristãos que o digam!), politicamente totalitários que eram, incapazes de dialogar como muitos ainda hoje são.Já escrevi e não temo repetir – as FA Portuguesas têm com elas o feito, que merece respeito, militar, não politico, de terem mantido durante 14 anos uma guerra em 3 Frentes Militares.Valeram bem mais que os EUA no Vietname, sem duvida.Mas não deixaram de ter uma linha errada de condução que só não foi desastrosa porque houve quem, no pós 25 de Abril, travasse ímpetos fascizantes e social fascizantes.Como Mário Soares, Manuel Alegre, e os militares Melo Antunes e Vasco Lourenço.Há pois um imenso debate a fazer, ainda, em Portugal.E era bom que os militares, (e não só), se abrissem a esse debate, de vez.Porque são milhares os que em Portugal apelaram a e ou desertaram, por serem activamente contra a Guerra Colonial. Mesmo que estejam silenciados pelos “politicamente correctos”.E porque tinha razão, por duas razões,
As colónias portuguesas tinham inevitavelmente de caminhar para a Independência.A incompetência dos políticos e dos militares e o seu totalitarismo talibiano católico é que impediram que a Guerra tivesse outra duração, bem menor, e outro findar em outro percurso, Democrático e Cultural e Socialmente Alargado.
director pedagógico do EPAR

