Joaquim Jorge
Faltam assinaturas ao candidato do PSD José Pedro Aguiar-Branco . O mínimo são 1500 assinaturas. Paulo Rangel desconfia de ajuda de Passos Coelho
Voltam as polémicas na campanha interna do PSD: ontem, o Conselho de Jurisdição Nacional notificou José Pedro Aguiar-Branco da existência de várias irregularidades nas assinaturas entregues pela sua candidatura. ´
A polémica está instalada com acusações mútuas . Do lado de Passos Coelho fala-se de uma manobra para ajudar Paulo Rangel (que seria, eventualmente, ajudado pelos votos de quem não poderia votar em Aguiar-Branco) - e aponta-se até o facto de Nuno Morais Sarmento ter já apoiado Rangel como motivo de desconfiança. E entre os apoiantes de Paulo Rangel fala-se de um "concluio" entre os outros candidatos, para minimizar as hipóteses de vitória do eurodeputado. A luta no PSD aquece, a cinco dias das directas.
Sempre que há eleições internas num partido político seja qual for com mais do que um candidato existem problemas de vária ordem:
1 - pagamento de quotas
2- falsificação de assinaturas
3- Pressões e promessas junto dos candidatos e militantes para subscreverem a sua moção.
4- casos caricatos de militantes já falecidos a irem votar
5- entrada em pack de militantes só para votarem e depois mais tarde desvinculam-se.
6- sonegar a lista de militantes para poderem ser informados das suas propostas por mailing.
7- gastos da campanha
Os partidos deveriam dar o exemplo nas suas eleições internas com uma política de transparência e aberta. Mas como sempre existe um proselitismo excessivo .
Nos estatutos dos partidos deveriam consagrar especificamente a fórmula como são processadas as suas eleições internas ao pormenor e para que todos saibam. No fundo deveria ser regida pela lei geral , todavia é omissa.
Deveria haver um dia de reflexão,não permitir publicidade nos jornais , rádios ou televisões no dia de eleições , não colocar cartazes junto às mesas de voto,não permitir o uso de telemóveis aquando da votação , etc.
Os partidos devem dar o exemplo para se afirmarem na sociedade e serem respeitados.Todavia tal não acontece agora foi no PSD , antes no PS e assim sucessivamente . Depois não há moral para falar em democracia senão se a pratica e não se dá o exemplo..
Sempre com problemas processuais e tentativas de trapaça. Depois não é possível acreditar nesta gente. Estas pequenas trafulhices vêm ao de cima para a eleição do presidente de um partido . O que não se passará para eleições de posições intermédias e de base? Mas sinceramente já estava a ficar admirado que não houvesse questões deste género.
