23/03/2010

EVIDÊNCIA

Joaquim Jorge



Este governo e o seu primeiro-ministro José Sócrates continuam na iluminada ideia de darem sem nada darem. Na anterior legislatura foram pródigos nessa jogada de mestre. Fazem correr na imprensa que vão tirar determinadas regalias , por exemplo, aos funcionários públicos . Desta vez, foi que os professores deixariam de ser um corpo especial da função pública. Analisam as reacções , deixam passar uns dias e num golpe de mestre voltar a repor o que nunca deveriam ter tirado.

Analisando à lupa e com clarividência - parece que deram uma coisa , mas não o fizeram. Limitaram-se a voltar a pôr tudo como dantes. É fantástico! Esta forma de fazer política ficará nos anais da história recente da democracia. Um governo e um primeiro-ministro que têm a fama de tanto dar e não passa do que já se tinha.Sintomático!
Esta técnica de fazer política em que parece que se dá algo, mas no fundo limita-se a dar o que já se tinha é de mestre. Joga-se com a sensação de perda e insegurança , para mais tarde haver uma compensação de tudo ficar na mesma. Todavia no inconsciente dos cidadãos fica a sensação que se ganhou algo, isto é, não se perdeu . Esta forma de governar é a arte do contorcionismo.

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