25/02/2010

REFORMAS

Joaquim Jorge




A alteração da penalização das reformas de 4,5% por cada ano para 6% está a levar uma correria para os funcionários públicos se virem embora mais cedo. A partir de Abril quando o Orçamento de Estado entrar em vigor já vigorará a nova lei penalizante.

Infelizmente para pessoas como eu e outras saímos fortemente penalizadas em relação a quem conseguiu reformar-se em 2005 ou muito próximo. Muitos funcionários conseguiram reformar-se e outros não apesar de estarem tão próximos desses direitos. O lema das expectativas defraudadas foi o que se passou mas não para todos. Dever-se-ia ter tido em conta quem está na casa dos 50 anos , um período de transição progressivo de forma a não amputar a sua vida e carreira contributiva. Fez-se um muro intransponível , os que ficaram dentro do muro são os privilegiados e os outros os desfavorecidos.Lamentável!
Vivemos num país do tudo ou nada, do antes e depois,dos privilegiados e dos penalizados, etc.
Para já durante os próximos três anos não há previsão de que seja necessário aumentar a idade de reforma de 65 para 67 anos. Mas não tenham ilusões, isso vai acontecer brevemente , basta em Espanha aprovarem essa medida. Eu compreendo que prolongando o tempo de trabalho e reduzindo o período de pensão, gera um aumento das receitas e uma redução das despesas do sistema de segurança social.
Todavia parece que existe um país até 2005 com direitos e regalias favoráveis e outro país depois de 2005, por exemplo,quem nasceu mais tarde um ou dois anos e terá que continuar a trabalhar mais de 10 anos. Não é correcto , deve ter-se em conta além da idade o factor anos de descontos e um período excepcional para quem tem mais de 50anos. Arranjem lá maneira de não penalizar uns severamente e dar aos outros tudo ou quase tudo. Não está certo!