24/02/2010

Madeira, Dor e Indignação

Joffre Justino






(A Obrigatória Demissão de Alberto João Jardim)

Lamento, mas tenho de começar pela Indignação.
No mínimo, 42 mortos, perto de uma centena de feridos e mais de 250 desalojados, eis o resultado da governação de Alberto João Jardim neste Fevereiro de 2010.
E tal, logo após a aprovação da situação escandalosa que foi a dádiva de 50 milhões de euros, para a gestão comprovadamente incompetente, deste “Chavez de Direita” que é o sr Alberto João.
Porque não é somente o tempo de tratar dos feridos como ouvi, na televisão, da boca deste presidente do Governo Regional da Madeira.
Dai a indignação.
E também o tempo de exigir que se assumam as responsabilidades.
O que é difícil para quem só gosta de carnavais, de adulações, de ser o patrão dos patrões por via do domínio que tem sobre as alavancas do mini Estado que e a Região Autónoma da Madeira.
Não culpemos a Natureza pelas 42 mortes, pela quase uma centena de feridos, pelos 250 desalojados.
Culpemos sim quem fez tábua rasa da Natureza e pensou ser possivel impor-se-lhe como se impõe aos Seres Humanos, falando de cubanos, de imigrantes, de gays, de abortos, tudo destruindo do alto de um copo de cerveja bem cheio.
Alberto Joao Jardim não é o marquês de Pombal.
É somente um ditadorzeco populista, com uma governação Opusdeisiana recheada de xenofobia, de abusos de autoridade, de manipulações e de populismos bacocos.
Alberto João pensou que podia gerir abusivamente, impunemente.
E perante os Homens conseguiu.
Só que não o conseguiu perante a força da Natureza.
As Ribeiras, as múltiplas linhas de agua, são mais difíceis de dominar que os Homens, a força das águas e mais imparável que a força dos Homens.
E Alberto João perdeu fragorosamente perante a forca da Natureza.
Ele próprio, se fosse um Cidadão, já teria anunciado a sua demissão.
Em nome da assunção do erro.
Mas Alberto João, incompetente, é também democraticamente incompetente, não é um Cidadão.
Tal qual a sua governação recheada de despesismos, de prepotências, de erros.
As águas tem os seus caminhos e quando estes são fechados pela incompetência, pelo abuso da construção e pela corrupção, revoltam-se.
Foi o que aconteceu, e Alberto João, assim como todo o PSD/Madeira, o sabem.
Por isso não há que ter pena deles e há que lhes exigir Contas.
Mesmo que a dor perante as mortes, os ferimentos, os desalojamentos seja muita.
Por que a dor não deve fechar o coração a Razão.
E a razão aponta o dedo para um homem, Alberto João Jardim e um governo, o do PSD/Madeira.
Que não podem continuar impunes, como se nada tivesse acontecido.
Os ambientalistas da Quercus e os Verdes, na Madeira, disseram-no e merecem respeito e apoio por tal.
“...as intervenções hidráulicas que tem decorrido nas linhas de agua desta ilha e em toda a faixa litoral vieram agravas os efeitos da intempérie”, disse o partido os Verdes e bem.
Porque a situação continuara assim, 1993 e 2001 o mostram, se o sr Alberto João Jardim e o PSD/Madeira continuarem a dominar esta Região Autónoma.
Porque o erro acompanha-lhes a arrogância e por tal não mudarão nada.
Limparão somente as ruas.
Com os nossos Impostos.
Ora os Madeirenses tem direito a mais, mesmo que nos achem, seguindo Alberto João, cubanos, gays, abortistas, etc.
Porque a nossa solidariedade, para a ser efectivamente, tem de ser transparente, frontal.
Somos solidários com os madeirenses, não com a politica populista, autoritária, incompetente, reaccionária, do PSD/Madeira e tal tem de ser dito.
(E ignorante, viram aquela do sr Alberto João temer e procurar silenciar a palavra calamidade, por causa dos “estrangeiros”, turistas, como se estivesse no século XIX, sem comunicações…)
Pois este fim de semana viu-se o resultado dessa politica opusdeista– 42 mortos ( ou mais), quase uma centena de feridos, 250 desalojados, no mínimo.
E, note-se, PCP e BE que não se esqueçam também, pois apoiaram Alberto João Jardim no seu ultimo escândalo – o dos 50 milhões para o despesismo do chavismo de direita.
muito a debater a Esquerda, pois.
Mas fica também a dor.
A dor pelos pobres, os mais desfavorecidos, os que mais sofrerão em consequência dos desvarios e do desprezo pela força da Natureza, que o sr Alberto João Jardim e o PSD Madeira demonstraram ter.
A dor pelas mortes havidas, pelos feridos, pelos desalojados, pela propriedade destruída.
A dor porque hoje, 2010, não era necessário aceitar-se esta catástrofe em silêncio.