11/02/2010

Liberdade para fulano




Júlia Príncipe



Os homens constroem prisões para outros homens-não somente prisões de pedras, mas também prisões invisíveis,mais apertadas que as primeiras.Realmente há muitos homens emparedados em estruturas sociais, económicas e políticas que são reduzidos à escravidão. O peso em cima deles, destas estruturas desumanas, atinge não apenas a sua liberdade exterior, mas pior ainda, a interior.No entanto há os fulaninhos que para terem poder,mordomias,viverem sem restrições...etc. são obrigados, muitíssimas vezes, a deixar que se acorrente a sua "pessoa".(Fulano)Libertar este Fulano é libertar-nos a nós...Libertar-nos das prisões disfarçadas, das que têm grades sólidas e das que têm grades invisíveis que a gente não pode pegar e sacudir a raiva, enquanto o Fulano nos diz sorrindo:pode sair, é livre, quando sabemos muito bem que não podemos escapar.As prisões são muitas:
-prisões com carrascos.
-prisões com mascarados de homens de bem(fulaninhos).
-prisões a quem chamam prisão, abertamente, sem cerimónias.
-prisões para fulaninhos,bem arranjadinhos, para iludir os outros homens.
-prisões "verdadeiras" que se chamam barraca, cidade, fábrica,bordel...
-prisões chamadas regime político, sistema económico, sociedade anónima, contrato, lei, regulamento.
-prisões que recebem tantos outros nomes e em todos os tempos.
Quem foi que que inventou estas prisões, onde nos sentimos com a ALMA encarcerada?
FOI o FULANO e os seus fulaninhos.A HUMANIDADE está aprisionada, por não pensar, como o Fulano e seus fulaninhos.
A humanidade está ferida por sentir-se insultada no seu próprio pensamento, mas conscientes que, a sua ALMA está livre.Temos que fazer marchas de protesto, para que dêem liberdade ao FULANO...E fulaninhos também, alojando-os nas prisões com carrascos. Porém SENHOR, não foste TU que as inventaste... CAROS AMIGOS QUE, SEJAM LIBERTADOS TODOS OS PRISIONEIROS DE TODAS AS MASMORRAS INVISÍVEIS.Todos temos para a nossa vida, um destino original que idealizamos, mas com TEMPO
Será que, a liberdade do Fulano, conseguirá pôr a humanidade a SONHAR?

Até amanhã! Até sempre!