Joaquim Jorge
Os indícios de um plano que visa afastar jornalistas incómodos pelas transcrições das conversas que envolvem José Sócrates é perplexo e mais parece de uma ditadura sul-americana.
José Sócrates desde que se tornou Primeiro-Ministro de Portugal , assim como os seus antecessores , tentou controlar os órgãos de comunicação social , todavia fê-lo de uma maneira mais à descarada e em força sem contemplações. Hoje em dia governa-se em parte pela televisão e ganha-se eleições na televisão. O que não passa nas televisões principais a hora nobre não existe.
Estes indícios são graves , acrescentado com o caso Mário Crespo ainda tão fresco. Mas também é grave a transcrição das escutas que é proibida , quando o processo está em segredo de justiça e os intervenientes não consentiram a sua divulgação! O país por este andar rebenta com tanto regabofe e infracções. Ou mudamos ou ignoramos. Somos um país tétrico, sombrio,escuro em que tudo é possível.
A verdade é que no epicentro de mais esta trama está nada mais nada menos que Armando Vara e José Sócrates.
O juiz de Aveiro António Gomes da Costa vislumbrou suspeitas de atentado ao Estado de Direito pelo chefe do Governo e ainda uma tentativa de condicionamento da actuação de Cavaco Silva como Presidente da República .Mas ,Pinto Monteiro Procurador- Geral da República , nomeado pelo Presidente da República por proposta do Governo e Noronha de Nascimento , presidente do Supremo Tribunal de Justiça eleito por juízes não as validaram. Os superiores hierárquicos anulam as escutas que um inferior hierárquico e a maioria da opinião pública acha importante para serem validadas. Não podem deitar fora e desistir de provas que merecem investigação , desautorizando e não valorando autênticos princípios de prova . Os indícios são suficientes , seria importante e oportuno ir-se até ao fim e não fazer alarde de competências e avocar este caso das escutas.
Se este episódio , mais um , das escutas entre Armando Vara e José Sócrates sobre a TVI apanhadas no processo Face Oculta fosse divulgado antes das eleições com toda a certeza as coisas passar-se-iam de outra maneira e o PS não teria a votação que teve. Uma coisa eu sei, a justiça pode não fazer justiça ,mas a opinião pública bem ou mal tira as suas ilações. Por muito que se diga injustiçado e inocente é muito ruído de fundo à volta do primeiro-ministro e já há muito tempo.
Não podemos continuar a comprometer a transparência e a ética na acção , não podemos tolerar estas situações. Os políticos têm que ter as mãos livres e limpas, estas situações não podem impor o seu tempo na política . É preciso um compromisso firme com uma gestão de honestidade para recuperar a confiança dos cidadãos com as instituições . José Sócrates tem sido um bom Primeiro- Ministro e não se vislumbra alternativa plausível ,mas com broncas destas e outras, a sua margem de manobra aos olhos dos portugueses torna-se muito estreita. O que se passou é gravíssimo , não se pode utilizar os serviços públicos para interesses privados.
Os indícios de um plano que visa afastar jornalistas incómodos pelas transcrições das conversas que envolvem José Sócrates é perplexo e mais parece de uma ditadura sul-americana.
José Sócrates desde que se tornou Primeiro-Ministro de Portugal , assim como os seus antecessores , tentou controlar os órgãos de comunicação social , todavia fê-lo de uma maneira mais à descarada e em força sem contemplações. Hoje em dia governa-se em parte pela televisão e ganha-se eleições na televisão. O que não passa nas televisões principais a hora nobre não existe.
Estes indícios são graves , acrescentado com o caso Mário Crespo ainda tão fresco. Mas também é grave a transcrição das escutas que é proibida , quando o processo está em segredo de justiça e os intervenientes não consentiram a sua divulgação! O país por este andar rebenta com tanto regabofe e infracções. Ou mudamos ou ignoramos. Somos um país tétrico, sombrio,escuro em que tudo é possível.
A verdade é que no epicentro de mais esta trama está nada mais nada menos que Armando Vara e José Sócrates.
O juiz de Aveiro António Gomes da Costa vislumbrou suspeitas de atentado ao Estado de Direito pelo chefe do Governo e ainda uma tentativa de condicionamento da actuação de Cavaco Silva como Presidente da República .Mas ,Pinto Monteiro Procurador- Geral da República , nomeado pelo Presidente da República por proposta do Governo e Noronha de Nascimento , presidente do Supremo Tribunal de Justiça eleito por juízes não as validaram. Os superiores hierárquicos anulam as escutas que um inferior hierárquico e a maioria da opinião pública acha importante para serem validadas. Não podem deitar fora e desistir de provas que merecem investigação , desautorizando e não valorando autênticos princípios de prova . Os indícios são suficientes , seria importante e oportuno ir-se até ao fim e não fazer alarde de competências e avocar este caso das escutas.
Se este episódio , mais um , das escutas entre Armando Vara e José Sócrates sobre a TVI apanhadas no processo Face Oculta fosse divulgado antes das eleições com toda a certeza as coisas passar-se-iam de outra maneira e o PS não teria a votação que teve. Uma coisa eu sei, a justiça pode não fazer justiça ,mas a opinião pública bem ou mal tira as suas ilações. Por muito que se diga injustiçado e inocente é muito ruído de fundo à volta do primeiro-ministro e já há muito tempo.
Não podemos continuar a comprometer a transparência e a ética na acção , não podemos tolerar estas situações. Os políticos têm que ter as mãos livres e limpas, estas situações não podem impor o seu tempo na política . É preciso um compromisso firme com uma gestão de honestidade para recuperar a confiança dos cidadãos com as instituições . José Sócrates tem sido um bom Primeiro- Ministro e não se vislumbra alternativa plausível ,mas com broncas destas e outras, a sua margem de manobra aos olhos dos portugueses torna-se muito estreita. O que se passou é gravíssimo , não se pode utilizar os serviços públicos para interesses privados.

