Joaquim Jorge
Dados divulgados no Eurostat e lido hoje no jornal Público constata-se que Portugal é o país da UE em que há menos meios para manter a casa aquecida , cerca de 35% da população,mas paradoxalmente só 9% acha que não consegue ter carro e sustentá-lo. A privação material afinal é só ao nível do conforto, mobilidade é com os portugueses.
Somos um país de extremos , tudo ou nada, aparato ou pobreza extrema. Como é possivel não haver dinheiro para ter uma temperatura amena em casa e haver dinheiro para ter um carro! O querer mostrar , o armar ao efeito , o new rich abominável. Aliás ,eu tenho amigos que se dizem ricos, gabam-se de gastar imenso dinheiro , nisto e naquilo, vai-se a casa deles e parece que se está na Sibéria. Em minha casa o aquecimento existe por toda a casa e não sou rico , preferido privar-me de outras coisas ,mas conforto e qualidade de vida todos os dias é a minha norma de estar.
Somos um país de futebolistas iletrados,actores de telenovelas ineptos, manequins sem expressão , participantes alarves de concursos televisivos , do fazer férias em TI ( tudo incluído) e ter um carro full-extras. Que vivemos de aparato e mostrar posses inexistentes , em que não podemos ficar atrás de ninguém . Que cultivamos o ter, em vez do ser . É uma país histriónico , que ninguém vai preso ou vão só os pobres ,em que fazer, safar,resolver onde os fins mandam nos meios, não se importa se se faz de qualquer maneira. Se não vamos a direito vamos aos esses ,mas vamos. Que preferimos ter um carro do que ter conforto em nossa casa. País de duas caras, da aurora e do crepúsculo, de pindéricos que adoram mostrar riqueza ou um cargozinho, que gostam de elogios, da palmadinha nas costas, do não cair mal,do não ir contra a corrente, de não fazer ondas . O ser cobarde e bajulador estão enraizados na nossa mentalidade ,mas o pior de tudo é ser gabarola e dar a entender algo que não existe. Alicerçado por uma má educação atroz, o cenário é dantesco e não recomendável. Gostava que Portugal fosse diferente e mais bem frequentado. Todavia quando nasci , não tive a possibilidade de escolher onde gostaria de viver. Se tivesse tido esse privilégio não viveria em Portugal...
O lema deveria ser comer bem ( não quer dizer demais) , estar quentinho, muita leitura, estar informado e só depois os carros. Mas não é assim que os portugueses pensam ,mas esse problema é deles , não é meu.
Dados divulgados no Eurostat e lido hoje no jornal Público constata-se que Portugal é o país da UE em que há menos meios para manter a casa aquecida , cerca de 35% da população,mas paradoxalmente só 9% acha que não consegue ter carro e sustentá-lo. A privação material afinal é só ao nível do conforto, mobilidade é com os portugueses.
Somos um país de extremos , tudo ou nada, aparato ou pobreza extrema. Como é possivel não haver dinheiro para ter uma temperatura amena em casa e haver dinheiro para ter um carro! O querer mostrar , o armar ao efeito , o new rich abominável. Aliás ,eu tenho amigos que se dizem ricos, gabam-se de gastar imenso dinheiro , nisto e naquilo, vai-se a casa deles e parece que se está na Sibéria. Em minha casa o aquecimento existe por toda a casa e não sou rico , preferido privar-me de outras coisas ,mas conforto e qualidade de vida todos os dias é a minha norma de estar.
Somos um país de futebolistas iletrados,actores de telenovelas ineptos, manequins sem expressão , participantes alarves de concursos televisivos , do fazer férias em TI ( tudo incluído) e ter um carro full-extras. Que vivemos de aparato e mostrar posses inexistentes , em que não podemos ficar atrás de ninguém . Que cultivamos o ter, em vez do ser . É uma país histriónico , que ninguém vai preso ou vão só os pobres ,em que fazer, safar,resolver onde os fins mandam nos meios, não se importa se se faz de qualquer maneira. Se não vamos a direito vamos aos esses ,mas vamos. Que preferimos ter um carro do que ter conforto em nossa casa. País de duas caras, da aurora e do crepúsculo, de pindéricos que adoram mostrar riqueza ou um cargozinho, que gostam de elogios, da palmadinha nas costas, do não cair mal,do não ir contra a corrente, de não fazer ondas . O ser cobarde e bajulador estão enraizados na nossa mentalidade ,mas o pior de tudo é ser gabarola e dar a entender algo que não existe. Alicerçado por uma má educação atroz, o cenário é dantesco e não recomendável. Gostava que Portugal fosse diferente e mais bem frequentado. Todavia quando nasci , não tive a possibilidade de escolher onde gostaria de viver. Se tivesse tido esse privilégio não viveria em Portugal...
O lema deveria ser comer bem ( não quer dizer demais) , estar quentinho, muita leitura, estar informado e só depois os carros. Mas não é assim que os portugueses pensam ,mas esse problema é deles , não é meu.