Hoje, dia 10 de Dezembro, de 2010, em Bruxelas, a União Europeia deverá assumir que, perante a existência de 25 Milhões de Desempregados na Europa, (com tendência crescente para 2010), é fundamental a montagem, a nível europeu, de um Plano Social de combate ao Desemprego.
A existência prevista de 10% de Desempregados, taxa média para a Europa, em 2010, e uma taxa de Emprego abaixo dos 62,45%, o que, segundo a Confederação Europeia dos Sindicatos não acontecia desde 2002, leva a que a Comissão Europeia tenha tido de assumir a urgência de estabelecer um Plano que aponte para um crescimento socialmente inclusivo.
Belo conceito este!
É neste contexto que se entende o sentido de Responsabilidade do CDS, que assumiu a crise e entendeu que não existem condições para fazer “orçamentos de ricos”, com uma abstenção e se espera por igual sentido de Responsabilidade no PSD parlamentar, depois das inúmeras pressões de várias personalidades do PSD.
No entanto, será sem dúvida causa de escândalo, se, quanto às finanças regionais, a Assembleia da República, com os votos do PSD, do seu aliado BE, e do PCP(?), vier a aprovar o despesismo do sr Alberto João Jardim, o populista tipo português, (?).
400 milhões de endividamento para a Região da Madeira atinge, nos dias de Crise em que vivemos, um imenso escândalo e uma ofensa aos 500 000 cidadãos que em Portugal vivem com o salário mínimo nacional que terá um apoio do Estado em 15% do aumento do mesmo para este ano.
Mas, perante estas alianças espúrias entre o CDS, o PSD e o BE tudo é possível nos dias de hoje…
De facto, continuamos a achar, ao que parece nos debates do Parlamento, que Portugal é um País rico, que a crise passará ao lado de todos nós, (excepto quando, eleitoralmente, convém falar dos Desempregados e da sua, não deles, os da aliança despesista, crise, para ganhar uns votitos).
Infelizmente, e depois de 23 anos de gestão de Fundos Comunitários, Portugal ainda vive à custa dos baixos salários.
Precisamente porque essa gestão foi catastrófica, precisamente porque se centrou o cerco fiscalizador nas entidades formadoras, na qualificação das Pessoas, e se desleixou completamente a fiscalização nos restantes financiamentos, para a Agricultura, para a Indústria, para as Obras Públicas!
E hoje paga-se tal com os 58,3% dos Trabalhadores por Conta de Outrem, TCO, do sector do Vestuário a auferirem o Salário Mínimo, com 29,8% na mesma situação na Indústria do Couro, com 22,8% na mesma situação na Indústria Alimentar, e até 3,1% nas empresas do sector “de ponta” de Equipamento Eléctrico e de Óptica!
E, claro, os 37,9% dos trabalhadores na Agricultura…ou os 30,2% no sector da Hotelaria e da Restauração…
A culpa é, claro, “do Governo” e dos “malandros” dos patrões.
Lamento informar-vos – não é verdade!
A culpa reside em todos nós.
A delapidação dos financiamentos comunitários sucedeu em governações do PSD e do PS, mas infelizmente não me recordo de ver as oposições, (ou de as ter visto), preocupadas com a forma de gestão dos mesmos financiamentos, ao tempo das Vacas Gordas.
Portanto, assumámo-lo, a responsabilidade foi colectiva – éramos e prevíamos que fossemos, na CEE/UE onde estávamos, definitivamente ricos!
E, hoje ainda, apesar da crise, dos 500 000, ou dos 668 000 desempregados, na Assembleia da República ainda há quem ache tal.
Note-se, sou um defensor do Parlamento.
No entanto, também entendo que a falta de noção da responsabilidade é, aí, hoje, por demais.
A sociedade, no seu todo, entendeu já que vive em crise – empregadores e trabalhadores, cooperativistas e empresários, empreendedores ou não.
E, felizmente, aí, temos visto nascerem muitos actos de Responsabilidade Social.
Excepto numa parte importante da classe política.
Que, aliás, quando se lembra da crise a resolve com “ditaduras de 6 meses”…
Ou com a assunção, pelo Estado, da crise, endividando-o sem fim.
À Direita e à Esquerda.
Portugal vive de facto, por um lado, demasiado acima das suas possibilidades e por outro, demasiado abaixo das necessidades das Pessoas.
E note-se, nem falo dos subsídios de desemprego…refiro-me sim aos baixos salários à precariedade no emprego, (e relevo flexibilidade no emprego não é idêntico a precariedade, sendo esta a realidade existente).
Que, no entanto, é existente, como se vê com as percentagens por sector do salário mínimo nacional, numa minoria da actividade económica, que continua a ser protegida pelo silêncio,
O nosso, de todos, silêncio.
Se os Empregadores continuarem a proteger estes fautores da desgraça, se não entenderem que urge penalizar este tipo de Empregadores, dificilmente a economia portuguesa evoluirá, pois a concorrência far-se-á, sempre, por baixo.
E será difícil que a sociedade assuma que em Portugal, felizmente, existe um nº bem significativo de bons Empregadores, de bons Empresários.
Porque se encontram misturados com demasiados maus empresários para uma sã economia de mercado.
Como já escrevi estes bons empresários ainda vivem ideologicamente presos aos tempos das nacionalizações forçadas e ao desbarato, sem quaisquer indemnizações aos detentores das empresas nacionalizadas, e ocupadas, e é essa prisão que os leva a proteger os maus empresários que ainda perduram.
E que mancham.
O mesmo sucede, à Esquerda, onde uns tantos ainda reflectem como se a URSS não tivesse acontecido, (e falhado), como se a RP da China não fosse hoje um Estado/duas economias, a capitalista selvagem e a estatista, (e ambas capazes de enviar em um mês 20 milhões de chineses para a fome nos campos do interior da China…e para o silencio da inexistência…).
O medo e a preguiça intelectual, a par da protecção a quem não merece, eis o que nos coíbe de dar o salto em frente.
Que só poderá acontecer num contexto de gestão da actividade em dois campos – o da União Europeia, mas também o da CPLP.
Sem medo de assumir que a Democracia é o regime para a Globalização de hoje e, portanto, sem temor na critica aos desvios totalitários, ainda existentes na CPLP, em vez das louvaminhices a que vamos assistindo.
Vejam o Brasil e os saltos em frente que deu com a Democracia e vejam Angola que começa já a derrapar, apesar do petróleo, dos diamantes e do potencial que nunca passa disso – potencial.
Ou a Guiné-Bissau, que se esvai em cada dia que passa…
Tal qual o Brasil das ditaduras militares.
Joffre Justino
A existência prevista de 10% de Desempregados, taxa média para a Europa, em 2010, e uma taxa de Emprego abaixo dos 62,45%, o que, segundo a Confederação Europeia dos Sindicatos não acontecia desde 2002, leva a que a Comissão Europeia tenha tido de assumir a urgência de estabelecer um Plano que aponte para um crescimento socialmente inclusivo.
Belo conceito este!
É neste contexto que se entende o sentido de Responsabilidade do CDS, que assumiu a crise e entendeu que não existem condições para fazer “orçamentos de ricos”, com uma abstenção e se espera por igual sentido de Responsabilidade no PSD parlamentar, depois das inúmeras pressões de várias personalidades do PSD.
No entanto, será sem dúvida causa de escândalo, se, quanto às finanças regionais, a Assembleia da República, com os votos do PSD, do seu aliado BE, e do PCP(?), vier a aprovar o despesismo do sr Alberto João Jardim, o populista tipo português, (?).
400 milhões de endividamento para a Região da Madeira atinge, nos dias de Crise em que vivemos, um imenso escândalo e uma ofensa aos 500 000 cidadãos que em Portugal vivem com o salário mínimo nacional que terá um apoio do Estado em 15% do aumento do mesmo para este ano.
Mas, perante estas alianças espúrias entre o CDS, o PSD e o BE tudo é possível nos dias de hoje…
De facto, continuamos a achar, ao que parece nos debates do Parlamento, que Portugal é um País rico, que a crise passará ao lado de todos nós, (excepto quando, eleitoralmente, convém falar dos Desempregados e da sua, não deles, os da aliança despesista, crise, para ganhar uns votitos).
Infelizmente, e depois de 23 anos de gestão de Fundos Comunitários, Portugal ainda vive à custa dos baixos salários.
Precisamente porque essa gestão foi catastrófica, precisamente porque se centrou o cerco fiscalizador nas entidades formadoras, na qualificação das Pessoas, e se desleixou completamente a fiscalização nos restantes financiamentos, para a Agricultura, para a Indústria, para as Obras Públicas!
E hoje paga-se tal com os 58,3% dos Trabalhadores por Conta de Outrem, TCO, do sector do Vestuário a auferirem o Salário Mínimo, com 29,8% na mesma situação na Indústria do Couro, com 22,8% na mesma situação na Indústria Alimentar, e até 3,1% nas empresas do sector “de ponta” de Equipamento Eléctrico e de Óptica!
E, claro, os 37,9% dos trabalhadores na Agricultura…ou os 30,2% no sector da Hotelaria e da Restauração…
A culpa é, claro, “do Governo” e dos “malandros” dos patrões.
Lamento informar-vos – não é verdade!
A culpa reside em todos nós.
A delapidação dos financiamentos comunitários sucedeu em governações do PSD e do PS, mas infelizmente não me recordo de ver as oposições, (ou de as ter visto), preocupadas com a forma de gestão dos mesmos financiamentos, ao tempo das Vacas Gordas.
Portanto, assumámo-lo, a responsabilidade foi colectiva – éramos e prevíamos que fossemos, na CEE/UE onde estávamos, definitivamente ricos!
E, hoje ainda, apesar da crise, dos 500 000, ou dos 668 000 desempregados, na Assembleia da República ainda há quem ache tal.
Note-se, sou um defensor do Parlamento.
No entanto, também entendo que a falta de noção da responsabilidade é, aí, hoje, por demais.
A sociedade, no seu todo, entendeu já que vive em crise – empregadores e trabalhadores, cooperativistas e empresários, empreendedores ou não.
E, felizmente, aí, temos visto nascerem muitos actos de Responsabilidade Social.
Excepto numa parte importante da classe política.
Que, aliás, quando se lembra da crise a resolve com “ditaduras de 6 meses”…
Ou com a assunção, pelo Estado, da crise, endividando-o sem fim.
À Direita e à Esquerda.
Portugal vive de facto, por um lado, demasiado acima das suas possibilidades e por outro, demasiado abaixo das necessidades das Pessoas.
E note-se, nem falo dos subsídios de desemprego…refiro-me sim aos baixos salários à precariedade no emprego, (e relevo flexibilidade no emprego não é idêntico a precariedade, sendo esta a realidade existente).
Que, no entanto, é existente, como se vê com as percentagens por sector do salário mínimo nacional, numa minoria da actividade económica, que continua a ser protegida pelo silêncio,
O nosso, de todos, silêncio.
Se os Empregadores continuarem a proteger estes fautores da desgraça, se não entenderem que urge penalizar este tipo de Empregadores, dificilmente a economia portuguesa evoluirá, pois a concorrência far-se-á, sempre, por baixo.
E será difícil que a sociedade assuma que em Portugal, felizmente, existe um nº bem significativo de bons Empregadores, de bons Empresários.
Porque se encontram misturados com demasiados maus empresários para uma sã economia de mercado.
Como já escrevi estes bons empresários ainda vivem ideologicamente presos aos tempos das nacionalizações forçadas e ao desbarato, sem quaisquer indemnizações aos detentores das empresas nacionalizadas, e ocupadas, e é essa prisão que os leva a proteger os maus empresários que ainda perduram.
E que mancham.
O mesmo sucede, à Esquerda, onde uns tantos ainda reflectem como se a URSS não tivesse acontecido, (e falhado), como se a RP da China não fosse hoje um Estado/duas economias, a capitalista selvagem e a estatista, (e ambas capazes de enviar em um mês 20 milhões de chineses para a fome nos campos do interior da China…e para o silencio da inexistência…).
O medo e a preguiça intelectual, a par da protecção a quem não merece, eis o que nos coíbe de dar o salto em frente.
Que só poderá acontecer num contexto de gestão da actividade em dois campos – o da União Europeia, mas também o da CPLP.
Sem medo de assumir que a Democracia é o regime para a Globalização de hoje e, portanto, sem temor na critica aos desvios totalitários, ainda existentes na CPLP, em vez das louvaminhices a que vamos assistindo.
Vejam o Brasil e os saltos em frente que deu com a Democracia e vejam Angola que começa já a derrapar, apesar do petróleo, dos diamantes e do potencial que nunca passa disso – potencial.
Ou a Guiné-Bissau, que se esvai em cada dia que passa…
Tal qual o Brasil das ditaduras militares.
Joffre Justino