Mário Russo
O Rio de Janeiro é porventura uma das mais lindas cidades do mundo, sobretudo quando a miramos dos pontos altos, como o morro do pão de açúcar, acedendo através do bondinho (teleférico). Mas quando se desce às ruas, fica-se perplexo com o contraste da beleza das suas serpenteantes e belas praias de Copacabana, Leblon, Ipanema, Gávea, Barra da Tijuca e o conjunto miserável de favelas instaladas nos morros que rodeiam a cidade “maravilhosa”.
Milhões vivem nestas favelas, sem condições de habitabilidade. Aqui o poder está nas mãos dos traficantes, que aterroriza como máfias, os moradores dos morros.
Não é apenas o amontoado aleatório de barracas com ruelas estritas, às vezes de menos de 1 metro de largura, que impede uma intervenção de melhoria das condições de habitabilidade. É que a estabilidade das construções põe em perigo as populações, não sendo raros os desmoronamentos com mortes.
Para além do drama social que é viver sem condições, sob o ponto de vista ambiental é uma agressão qualquer construção naqueles morros. No entanto, tem sido comum assistirmos a pensadores (normalmente esquerdistas) tecerem loas à “plástica” dos morros do Rio de Janeiro, como cartão-de-visita. A última ideia esdrúxula vem de um arquitecto português de 27 anos que se graduou numa universidade Sueca que defende a permanência das favelas como estão, a que o Expresso deu-lhe guarida de reportagem. Is very typical. É que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
O Brasil, e o Rio em Particular com os royalties do petróleo, têm condições financeiras para deslocar os moradores das favelas para cidades satélites à volta do Rio, na Baixada Fluminense, adequadamente projectadas, com todos os sistemas urbanos a funcionar. Ao mesmo tempo devolvia-se o morro revegetalizado ao seu estado natural.
Só assim era possível o estado de direito morar com os pobres das actuais favelas. Só assim eles poderiam ver seus filhos ir para a escola e poderem usufruir das facilidades que os outros habitantes da cidade têm. Só assim as autoridades dominariam o tráfico de drogas e combateriam a violência que deixa milhares de mortes por ano, muito superior ao verificado em guerras com a do Iraque. O narcotráfico tem tentáculos em todo o lugar e não brinca em serviço. Até o presidente de uma ONG que negociava verbas públicas e aparecia em entrevistas na TV Globo, era gerente de narcotráfico. No entanto, como fachada, a escola que patrocinava apoiava de facto crianças do morro (música, teatro, aulas de informática, desporto, etc).
Os intelectualóides, combatentes da solução zero de construções nos morros, estão a fazer um grande serviço aos traficantes, cujos negócios de milhões de euros diariamente podem continuar a florescer. Assim, aquele povo será eternamente favelado.
Lula da Silva que até sabe o que é uma vida de pobreza, devia ter lucidez suficiente para não se deixar influenciar pelos bem falantes petistas amantes da permanência das favelas.
O Rio de Janeiro é porventura uma das mais lindas cidades do mundo, sobretudo quando a miramos dos pontos altos, como o morro do pão de açúcar, acedendo através do bondinho (teleférico). Mas quando se desce às ruas, fica-se perplexo com o contraste da beleza das suas serpenteantes e belas praias de Copacabana, Leblon, Ipanema, Gávea, Barra da Tijuca e o conjunto miserável de favelas instaladas nos morros que rodeiam a cidade “maravilhosa”.
Milhões vivem nestas favelas, sem condições de habitabilidade. Aqui o poder está nas mãos dos traficantes, que aterroriza como máfias, os moradores dos morros.
Não é apenas o amontoado aleatório de barracas com ruelas estritas, às vezes de menos de 1 metro de largura, que impede uma intervenção de melhoria das condições de habitabilidade. É que a estabilidade das construções põe em perigo as populações, não sendo raros os desmoronamentos com mortes.
Para além do drama social que é viver sem condições, sob o ponto de vista ambiental é uma agressão qualquer construção naqueles morros. No entanto, tem sido comum assistirmos a pensadores (normalmente esquerdistas) tecerem loas à “plástica” dos morros do Rio de Janeiro, como cartão-de-visita. A última ideia esdrúxula vem de um arquitecto português de 27 anos que se graduou numa universidade Sueca que defende a permanência das favelas como estão, a que o Expresso deu-lhe guarida de reportagem. Is very typical. É que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
O Brasil, e o Rio em Particular com os royalties do petróleo, têm condições financeiras para deslocar os moradores das favelas para cidades satélites à volta do Rio, na Baixada Fluminense, adequadamente projectadas, com todos os sistemas urbanos a funcionar. Ao mesmo tempo devolvia-se o morro revegetalizado ao seu estado natural.
Só assim era possível o estado de direito morar com os pobres das actuais favelas. Só assim eles poderiam ver seus filhos ir para a escola e poderem usufruir das facilidades que os outros habitantes da cidade têm. Só assim as autoridades dominariam o tráfico de drogas e combateriam a violência que deixa milhares de mortes por ano, muito superior ao verificado em guerras com a do Iraque. O narcotráfico tem tentáculos em todo o lugar e não brinca em serviço. Até o presidente de uma ONG que negociava verbas públicas e aparecia em entrevistas na TV Globo, era gerente de narcotráfico. No entanto, como fachada, a escola que patrocinava apoiava de facto crianças do morro (música, teatro, aulas de informática, desporto, etc).
Os intelectualóides, combatentes da solução zero de construções nos morros, estão a fazer um grande serviço aos traficantes, cujos negócios de milhões de euros diariamente podem continuar a florescer. Assim, aquele povo será eternamente favelado.
Lula da Silva que até sabe o que é uma vida de pobreza, devia ter lucidez suficiente para não se deixar influenciar pelos bem falantes petistas amantes da permanência das favelas.