Francisco Azevedo Brandão
Nem sempre estou de acordo com as crónicas opinativas de Miguel Sousa Tavares, sobretudo quando fala sobre os professores, matéria de que tem fraco conhecimento, mas admiro-o pela grande coragem em expor os problemas sem papas na língua, doa a quem doer. Nisto estarei sempre a seu lado. Mais uma vez Miguel Sousa Tavares mostrou a sua proverbial coragem quando, em declarações à Lusa, à margem da XIV Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, afirmou desassombradamente que «o Brasil é o único país que recebeu a língua de fora e que impõe uma revisão da língua ao país matriz», classificando o acordo ortográfico como «um projecto idiota». Criticando o facto de n~ao ter havido uma consulta aos profissionais que trabalham com a língua, como os escritores, jornalistas e professores, disse ainda que não pretendia mudar a sua forma de escrever e advertiu que o acordo vai «condensar e expurgar» muitos dos detalhes da diversidade linguística e que a reforma da ortografia foi «cozinhada entre académicos que queriam reunir e viajar.Por outro lado, acrescentou ainda Miguel Sousa Tavares, diz que não encontrou escritores brasileiros que defendessem o acordo. Na verdade, quando alguns nos dizem que Portugal não é o dono da língua portuguesa, apetece-nos perguntar se a língua portuguesa foi criada pelos chineses ou pelos habitantes da Conchichina.Desde sempre tive um certo receio pelos chamados especialistas em alguma coisa, pois quando nos mostram os seus projectos, mais valera estarem quietos pelas asneiras e aberrações que «borram» a escrita. E este acordo(?) é a prova provada da mediocridade de alguns intelectuais de pacotilha que só nos envergonha e definha perante, por exemplo, os espanhóis e os ingleses.Temos de nos juntar a todos aqueles que denunciam esta autêntica idiotice em cristalizar uma língua que é dinâmica e rica nas suas variedades ortográficas e cambiantes falantes, apanágio de uma língua universal, a primeira que globalizou o mundo.
Nem sempre estou de acordo com as crónicas opinativas de Miguel Sousa Tavares, sobretudo quando fala sobre os professores, matéria de que tem fraco conhecimento, mas admiro-o pela grande coragem em expor os problemas sem papas na língua, doa a quem doer. Nisto estarei sempre a seu lado. Mais uma vez Miguel Sousa Tavares mostrou a sua proverbial coragem quando, em declarações à Lusa, à margem da XIV Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, afirmou desassombradamente que «o Brasil é o único país que recebeu a língua de fora e que impõe uma revisão da língua ao país matriz», classificando o acordo ortográfico como «um projecto idiota». Criticando o facto de n~ao ter havido uma consulta aos profissionais que trabalham com a língua, como os escritores, jornalistas e professores, disse ainda que não pretendia mudar a sua forma de escrever e advertiu que o acordo vai «condensar e expurgar» muitos dos detalhes da diversidade linguística e que a reforma da ortografia foi «cozinhada entre académicos que queriam reunir e viajar.Por outro lado, acrescentou ainda Miguel Sousa Tavares, diz que não encontrou escritores brasileiros que defendessem o acordo. Na verdade, quando alguns nos dizem que Portugal não é o dono da língua portuguesa, apetece-nos perguntar se a língua portuguesa foi criada pelos chineses ou pelos habitantes da Conchichina.Desde sempre tive um certo receio pelos chamados especialistas em alguma coisa, pois quando nos mostram os seus projectos, mais valera estarem quietos pelas asneiras e aberrações que «borram» a escrita. E este acordo(?) é a prova provada da mediocridade de alguns intelectuais de pacotilha que só nos envergonha e definha perante, por exemplo, os espanhóis e os ingleses.Temos de nos juntar a todos aqueles que denunciam esta autêntica idiotice em cristalizar uma língua que é dinâmica e rica nas suas variedades ortográficas e cambiantes falantes, apanágio de uma língua universal, a primeira que globalizou o mundo.