Joaquim Jorge
Os políticos estão rodeados de servilismo , convertendo-se em ídolos mas a maioria deles são normais e os povos têm tendência a serem governados por natureza por medíocres . Deveríamos ser governados por seres excepcionais cujo talento esteja no limiar da genialidade. Muitos portugueses , quiçá centenas poderiam governar ou fazer parte de um governo. Não são precisas qualidades fantásticas , mas sim as que pode reunir qualquer um de nós.
Todavia é um truismo para ser Primeiro- Ministro ou membro de um governo , tem que se dedicar à politica , militar num partido , ser proposto para deputado pelo seu partido , conseguir apoio dos votantes , conseguir o apoio da maioria dos deputados da Assembleia da República , ser escolhido pelos seus pares .
Praticam a manipulação, defendem os seus interesses e minam os seus rivais. Tem uma visão maniqueísta e beligerante mais parecendo um novo catecismo contra os delitos de opinião susceptível de afastar qualquer um. E não estão para receber lições de nada sobre como exercer o poder quer no partido quer no governo. E, julgam-se o centro do Mundo mas quando perdem eleições, caem em si.
Para ser um bom polítco é preciso trabalhar duro , não ter vocação de ídolo , nem de herói , nem de mártir e não ter a mania que se vai ficar na história. Não inventar problemas , procurar solucionar os que há , dominar os números e não meter a mão na "caixa" , não rodear-se de servilismo e procurar ter uma vida normal. Não querer constantemente , a todas as horas aparecer na televisão e nos jornais , falar pouco , de vez em quando contar uma piada , não insultar , não gritar , não mentir e, dizer sempre a verdade.
Poucos o fizeram e fazem , daí a diferença entre bons políticos e medíocres. Mas a situação actual que é excepcional requer pessoas excepcionais pois estas que nos têm governado ( com raras excepções) não servem e têm sido um desastre.
Temos que abandonar esta forma de fazer politica prosaica , enfadada e deixar a diversão para outras coisas . A politica tem que ser reduzida ao que deve ser : a arte de darmos uma vida boa ao maior número de pessoas .
A política tem que ser reduzida ao que deve ser: a arte de darmos uma vida boa ao maior número de pessoas e se a oligarquia dos partidos não cede nos seus princípios por bem, um dia o povo obrigá-los-á a fazer por mal.