Mário Russo
Helena Roseta protagonizou um movimento de cidadãos por Lisboa e foi eleita vereadora com pelouro. Agora a ex-deputada pelo PS faz uma aliança com o seu antigo partido e terá de novo um lugar na vereação na próxima eleição, já que é a número 2 da lista de António Costa.
O mesmo acontece com o Zé de Lisboa. O candidato que nas eleições passadas era conhecido, não pelo que dizia que ia fazer, mas pelo que não faria. É mais uma aliança do PS. Grande Zé, ou como um obscuro licenciado se torna em vereador em Lisboa.
Pode parecer natural o reunir das hostes em tempos de luta partidária quando o perigo da derrota espreita. Mas o que emerge, em meu entender, é a verdadeira arte de programar uma carreira. São mais dois elementos da classe política a quem deveriam ser outorgados o respectivo doutoramento “honoris-causa” pela sabedoria e estratégia de organizar a sua própria carreira.
Os cidadãos, como se vê, são carne para canhão. Servem para encher auditórios onde discursam os aguerridos candidatos(as) por um lugar na distribuição do bolo (ou da panela).
O que é evidente não é a defesa dos interesses da população, mas dos próprios interesses, travestidos do interesse colectivo. São as mesmas pessoas que vão passeando olimpicamente de lugar para lugar, seja nas hostes partidárias ou na administração. Pouco importa. O importante é honrar a estratégia definida para a carreira. Logo, a legitimidade em receber o título de camaleão ou enguia da política com direito a mais distinções.
É com este tipo de atitude que se mina a confiança que a população tem naquela que deveria ser a mais nobre das actividades cívicas: a política. Mas que é a mais vilipendiada e abastardada.
Helena Roseta protagonizou um movimento de cidadãos por Lisboa e foi eleita vereadora com pelouro. Agora a ex-deputada pelo PS faz uma aliança com o seu antigo partido e terá de novo um lugar na vereação na próxima eleição, já que é a número 2 da lista de António Costa.
O mesmo acontece com o Zé de Lisboa. O candidato que nas eleições passadas era conhecido, não pelo que dizia que ia fazer, mas pelo que não faria. É mais uma aliança do PS. Grande Zé, ou como um obscuro licenciado se torna em vereador em Lisboa.
Pode parecer natural o reunir das hostes em tempos de luta partidária quando o perigo da derrota espreita. Mas o que emerge, em meu entender, é a verdadeira arte de programar uma carreira. São mais dois elementos da classe política a quem deveriam ser outorgados o respectivo doutoramento “honoris-causa” pela sabedoria e estratégia de organizar a sua própria carreira.
Os cidadãos, como se vê, são carne para canhão. Servem para encher auditórios onde discursam os aguerridos candidatos(as) por um lugar na distribuição do bolo (ou da panela).
O que é evidente não é a defesa dos interesses da população, mas dos próprios interesses, travestidos do interesse colectivo. São as mesmas pessoas que vão passeando olimpicamente de lugar para lugar, seja nas hostes partidárias ou na administração. Pouco importa. O importante é honrar a estratégia definida para a carreira. Logo, a legitimidade em receber o título de camaleão ou enguia da política com direito a mais distinções.
É com este tipo de atitude que se mina a confiança que a população tem naquela que deveria ser a mais nobre das actividades cívicas: a política. Mas que é a mais vilipendiada e abastardada.