Joaquim Jorge
O desaparecimento do Airbus A330 da Air France, que fazia a ligação entre Rio de Janeiro e Paris com 231 pessoas a bordo, quando sobrevoava o Oceano Atlântico, é uma das catástrofes mais graves dos últimos anos na aviação civil.
O ano passado em Espanha , um avião da Spanair pegou fogo durante a descolagem no aeroporto de Madrid: 153 mortos.
Viajar de avião é um meio seguro mas quando acontece algo as hipóteses são remotas .Tirando a aterragem de emergência no rio Hudson pelo piloto norte-americano Chesley “Sully” Sullenberger, sendo uma acrobacia digna de ser recordada sempre.
Outra coisa que me preocupa é que os passageiros ficam nas mãos da tripulação e dos interesses económicos que representam.
Em Espanha muitos familiares das vítimas tinham registado nos seus telemóveis SMS , em que houve uma espécie de meating a bordo para que o voo não saísse. Se tal se tivesse verificado e não foi acatado pela tripulação foi grave e criou um precedente enorme em viagens aéreas. Os cidadãos têm que estar protegidos dos tubarões económicos , como companhias aéreas.
Deveria criar-se um protocolo para que quem queira sair do avião o possa fazer mediante certas condições. Neste caso , o avião tinha partido e voltou a aterrar por ter havido uma anomalia. Esta evidência é mais do que perceptível e ajustada, para que os passageiros , por medo , premeditação , insegurança , sei lá , recusassem continuar a viagem naquele avião.
Quem pode tomar essa decisão é o comandante da tripulação .
Mais um vez estamos nas mãos de alguém , às vezes sem escrúpulos . Dever-se-ia criar uma lei preventiva em que fosse possibilitado , nestas situações e noutras a especificar , os passageiros por sua livre iniciativa não desejassem fazer o seu voo . A vida das pessoas não tem preço e o lucro não é tudo na vida , mas parece que comanda a vida.