13/05/2009

POLÍTICOS E DEPUTADOS


Joaquim Jorge


Uma investigadora de ciência politica Conceição Pequito do Instituto de Ciências Sociais e Políticas traçou um retrato verdadeiro sobre os nossos deputados . Disse que «são verdadeiros profissionais , sempre à espera de nova eleição» e « fazem da sua actividade mais uma carreira do que uma vocação , etc. » .

Com todo o respeito não é preciso ser investigador para se perceber que os eleitores estão para um lado e os eleitos para outro , a abstenção é gritante . Há muito tempo que tal acontece e assim vai continuar a ser , se entretanto nada se mudar ou fizer. Eu proponho como forma de aproximar os cidadãos dos políticos , a definição do que deve ser «um politico« e «deputado» . Ter um mínimo de requisitos , por exemplo, ter uma profissão e não estar dependente de um cargo politico. Ser politico não deve ser uma profissão , como na maioria das profissões existe um período probatório de exigência e de prova de capacidades , também para se ser politico deveria acontecer o mesmo . Todavia para se ser politico basta filiar-se num partido , não fazer muitas ondas , obedecer ao chefe partidário , bajular continuamente para ser escolhido para uma pretensa lista , estar calado e essencialmente acéfalo . Desta forma aplica-se o «principio de Peter» , os militantes que aspiram a ser políticos são promovidos acima do seu nível de incompetência . O mérito , a cultura , os conhecimentos , as provas dadas não contam , é contra estes processos que os cidadãos têm que lutar e não ignorar.