Antes de desligar o computador, dei uma vista de olhos no resumo das notícias divulgadas, quase em tempo real, pelos portais mais importantes da Net, alguns blogues de referência, incluídos. Inevitavelmente, fui ver como vão as coisas pelo "Clube dos Pensadores". Já tinha lido na diagonal o discurso do presidente do Eurogrupo, o também primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, a falar daquilo que nós estamos fartinhos de saber. E nem precisamos de sair do nosso País.
Que o desemprego está a crescer drasticamente em toda a Europa, que se está a transformar numa perigosíssima chaga social e que se impõe que as Administrações das Empresas passem a ter em consideração que não será a desembaraçarem-se dos trabalhadores, que vão conseguir salvar a pele.
Claro que a essência destas medidas visa exclusivamente permitir pôr a bom recato o pecúlio que os grandes accionistas e os quadros das Administrações e seus assessores arrecadaram em tempos recentes de vacas gordas. Agora, que as coisas não estão propícias a grandes ganhos e até, pelo contrário, estão a levar a algumas perdas, há que bater com a porta e acomodarem-se o melhor que podem, a gozar dos rendimentos. Melhores dias hão-de vir!...
Como?!, se se acobardam na crise, depois de terem sugado o máximo que puderam, as empresas que era suposto administrarem e não roubar, durante décadas?
É claro que uma convulsão social generalizada não será de espantar, face a tantas situações de desespero puro por parte de quem só tem como fonte de rendimento, o seu trabalho. Está-se à espera de quê, tendo em conta a actuação de alguns gestores e das suas estratégias aprendidas nas sebentas da Universidade, se é que dessas leituras tiraram algumas ideias? E mesmo que alguns desses princípios teóricos sejam atendíveis, eis que a ganância, o egoísmo e falta de senso, se sobrepõem.
Anda toda a gente aos gritos, que este País está uma miséria, que o Governo nada faz, o que faz está tudo mal feito, etc, etc. A verdade é que se começa a perceber que o próprio Governo anda à nora e já se apresenta com sintomas de cansaço.
É nestas circunstâncias que já há quem pense seriamente, que, em Portugal, é chegada a hora do BE. Que temos aqui, mesmo à mão, a tábua salvadora!
O Bloco de Esquerda, tal como o conhecemos, ideologicamente e nas suas personalidades, terá condições objectivas para poder participar duma solução alternativa ao actual Governo?
Que nova forma de governar teremos pela frente? Será que se vai conseguir que o Povo se venha a empenhar numa campanha séria para escolhermos a mais favorável à saída desta malfadada crise?
António Santos Nunes
Leiria
Que o desemprego está a crescer drasticamente em toda a Europa, que se está a transformar numa perigosíssima chaga social e que se impõe que as Administrações das Empresas passem a ter em consideração que não será a desembaraçarem-se dos trabalhadores, que vão conseguir salvar a pele.
Claro que a essência destas medidas visa exclusivamente permitir pôr a bom recato o pecúlio que os grandes accionistas e os quadros das Administrações e seus assessores arrecadaram em tempos recentes de vacas gordas. Agora, que as coisas não estão propícias a grandes ganhos e até, pelo contrário, estão a levar a algumas perdas, há que bater com a porta e acomodarem-se o melhor que podem, a gozar dos rendimentos. Melhores dias hão-de vir!...
Como?!, se se acobardam na crise, depois de terem sugado o máximo que puderam, as empresas que era suposto administrarem e não roubar, durante décadas?
É claro que uma convulsão social generalizada não será de espantar, face a tantas situações de desespero puro por parte de quem só tem como fonte de rendimento, o seu trabalho. Está-se à espera de quê, tendo em conta a actuação de alguns gestores e das suas estratégias aprendidas nas sebentas da Universidade, se é que dessas leituras tiraram algumas ideias? E mesmo que alguns desses princípios teóricos sejam atendíveis, eis que a ganância, o egoísmo e falta de senso, se sobrepõem.
Anda toda a gente aos gritos, que este País está uma miséria, que o Governo nada faz, o que faz está tudo mal feito, etc, etc. A verdade é que se começa a perceber que o próprio Governo anda à nora e já se apresenta com sintomas de cansaço.
É nestas circunstâncias que já há quem pense seriamente, que, em Portugal, é chegada a hora do BE. Que temos aqui, mesmo à mão, a tábua salvadora!
O Bloco de Esquerda, tal como o conhecemos, ideologicamente e nas suas personalidades, terá condições objectivas para poder participar duma solução alternativa ao actual Governo?
Que nova forma de governar teremos pela frente? Será que se vai conseguir que o Povo se venha a empenhar numa campanha séria para escolhermos a mais favorável à saída desta malfadada crise?
António Santos Nunes
Leiria