José Magalhães
Na altura, estava na tropa, no Hospital Militar do Porto, onde prestava serviço. Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco, deveria fazer noite de serviço. Como de costume, saí na hora de jantar e "esqueci-me" de voltar. Às sete da manhã do dia vinte e cinco, telefonaram para minha casa a dizer que tinha havido uma revolução. Aflito, com a lembrança do dezasseis de Março em que o alvoroço tinha sido enorme e a "luta" contra a revolução intensa e dura, corri para o hospital. Cheguei pelas sete e quarenta e cinco. Nada se passava, tudo estava normal, ninguém sabia de nada. Os portões abertos, ao contrário da anterior intentona do dia dezasseis. Na altura, quem se tivesse "desenfiado", tinha "lerpado". Comigo correu tudo bem, ninguém deu por nada.Só mais tarde, pelas nove da manhã, soubemos que alguma coisa tinha acontecido. Só depois nos apercebemos, porque nos disseram, que a chamada liberdade tinha chegado.Só muito mais tarde, no meio da euforia, nos fomos apercebendo, de que durante algum tempo, outros opressores nos estavam a tentar condicionar. Só passados anos, acabamos por verificar, que nos enganaram, que substituíram um opressor por outros que se revezam, a ver quem mais "chupa" o nosso povo. Só passados muitos anos, acabamos por saber que ninguém quer o nosso bem, todos querem o nosso dinheiro, à custa do nosso bem estar, dizendo-nos que agora estamos em liberdade..
frequente no blogue e autor do Atributos
Na altura, estava na tropa, no Hospital Militar do Porto, onde prestava serviço. Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco, deveria fazer noite de serviço. Como de costume, saí na hora de jantar e "esqueci-me" de voltar. Às sete da manhã do dia vinte e cinco, telefonaram para minha casa a dizer que tinha havido uma revolução. Aflito, com a lembrança do dezasseis de Março em que o alvoroço tinha sido enorme e a "luta" contra a revolução intensa e dura, corri para o hospital. Cheguei pelas sete e quarenta e cinco. Nada se passava, tudo estava normal, ninguém sabia de nada. Os portões abertos, ao contrário da anterior intentona do dia dezasseis. Na altura, quem se tivesse "desenfiado", tinha "lerpado". Comigo correu tudo bem, ninguém deu por nada.Só mais tarde, pelas nove da manhã, soubemos que alguma coisa tinha acontecido. Só depois nos apercebemos, porque nos disseram, que a chamada liberdade tinha chegado.Só muito mais tarde, no meio da euforia, nos fomos apercebendo, de que durante algum tempo, outros opressores nos estavam a tentar condicionar. Só passados anos, acabamos por verificar, que nos enganaram, que substituíram um opressor por outros que se revezam, a ver quem mais "chupa" o nosso povo. Só passados muitos anos, acabamos por saber que ninguém quer o nosso bem, todos querem o nosso dinheiro, à custa do nosso bem estar, dizendo-nos que agora estamos em liberdade..
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