Mário Russo
Os medicamentos genéricos são aqueles cujo princípio activo é igual ao original, que deixou de estar em exclusividade de patente. É aprovado e controlado pelas autoridades reguladoras em cada país, tal como os restantes medicamentos. Por ser genérico é muito mais barato que o original. O resultado terapêutico é o mesmo e nem podia ser diferente.
A intenção da ANF, através do seu presidente, Dr. Cordeiro, em orientar as farmácias a fornecerem medicamentos genéricos aos doentes, mesmo que na receita o médico não autorize a alteração, fez com que alguns médicos se insurgissem contra a medida, por acharem que põe em causa a segurança na saúde.
É claro que o Dr. Cordeiro não o fez com interesses altruístas, mas não é isso que interessa, porque o importante é que, por coincidência, a medida é racional e beneficia de facto o utente e o país, mais ainda numa época de crise grave. Negar estas evidências é que é de estranhar.
Pois bem, o sr. bastonário da Ordem dos Médicos veio dizer que é apenas do interesse económico da ANF, porque os médicos não têm interesse algum com a prescrição de medicamentos. Isto é que é falso e ele sabe bem disso. A maioria dos médicos têm benesses como viagens, férias, idas a congressos no estrangeiro, tudo pago pelos laboratórios (veja-se o caso Pequito). Os laboratórios sabem o que cada médico prescreve do seu medicamento, para a atribuição dos respectivos pontos na caderneta de benesses.
Na verdade, o que se passa com a pouca prescrição dos genéricos é uma vergonha e revoltante. O lobby dos médicos é fortíssimo. Aliás, os médicos que assim procedem têm sucesso porque sabem que os utentes são influenciáveis psicologicamente e ao afirmarem que o genérico é diferente, induzem a carga negativa no paciente semelhante ao efeito placebo, ao contrário.
O Estado gasta centenas de milhões de euros dos nossos impostos sem necessidade e sem benefícios para a população, só porque uma classe de endeusados joga poeira para os olhos da opinião pública, sem qualquer oposição à chantagem recorrente. Não é preciso ser cientista para se chegar á conclusão do logro que é a argumentação dos médicos que são contrários à substituição por genéricos.
Estamos numa era de mudanças de paradigma. O regabofe até aqui vivido tem os seus dias contados. A cimeira do G20 deu o mote. A ganância, a vigarice e a roubalheira deu no que deu. O sr. bastonário da OM devia ser o primeiro a defender os genéricos, se fosse patriota e rigoroso. O contrário desta postura, é uma impostura intelectual e científica, que merece investigação do MP.
Os medicamentos genéricos são aqueles cujo princípio activo é igual ao original, que deixou de estar em exclusividade de patente. É aprovado e controlado pelas autoridades reguladoras em cada país, tal como os restantes medicamentos. Por ser genérico é muito mais barato que o original. O resultado terapêutico é o mesmo e nem podia ser diferente.
A intenção da ANF, através do seu presidente, Dr. Cordeiro, em orientar as farmácias a fornecerem medicamentos genéricos aos doentes, mesmo que na receita o médico não autorize a alteração, fez com que alguns médicos se insurgissem contra a medida, por acharem que põe em causa a segurança na saúde.
É claro que o Dr. Cordeiro não o fez com interesses altruístas, mas não é isso que interessa, porque o importante é que, por coincidência, a medida é racional e beneficia de facto o utente e o país, mais ainda numa época de crise grave. Negar estas evidências é que é de estranhar.
Pois bem, o sr. bastonário da Ordem dos Médicos veio dizer que é apenas do interesse económico da ANF, porque os médicos não têm interesse algum com a prescrição de medicamentos. Isto é que é falso e ele sabe bem disso. A maioria dos médicos têm benesses como viagens, férias, idas a congressos no estrangeiro, tudo pago pelos laboratórios (veja-se o caso Pequito). Os laboratórios sabem o que cada médico prescreve do seu medicamento, para a atribuição dos respectivos pontos na caderneta de benesses.
Na verdade, o que se passa com a pouca prescrição dos genéricos é uma vergonha e revoltante. O lobby dos médicos é fortíssimo. Aliás, os médicos que assim procedem têm sucesso porque sabem que os utentes são influenciáveis psicologicamente e ao afirmarem que o genérico é diferente, induzem a carga negativa no paciente semelhante ao efeito placebo, ao contrário.
O Estado gasta centenas de milhões de euros dos nossos impostos sem necessidade e sem benefícios para a população, só porque uma classe de endeusados joga poeira para os olhos da opinião pública, sem qualquer oposição à chantagem recorrente. Não é preciso ser cientista para se chegar á conclusão do logro que é a argumentação dos médicos que são contrários à substituição por genéricos.
Estamos numa era de mudanças de paradigma. O regabofe até aqui vivido tem os seus dias contados. A cimeira do G20 deu o mote. A ganância, a vigarice e a roubalheira deu no que deu. O sr. bastonário da OM devia ser o primeiro a defender os genéricos, se fosse patriota e rigoroso. O contrário desta postura, é uma impostura intelectual e científica, que merece investigação do MP.