07/03/2009

A Igreja Monstruosa


Mário Russo

Eu bem que gostaria de falar de flores e de coisas bonitas, porque andamos cheios de tanta notícia má todos os dias, mas não consigo, porque até a religião que deveria ser o conforto para os dias maus dá os mais horripilantes maus exemplos.

Não, não são os fundamentalistas talibans, odiosos e criminosos, nem os muçulmanos, islamitas e outros que não respeitam a igualdade entre homens e mulheres, nem tão pouco falo das religiões animistas africanas que mutilam mulheres ou sacrificam um primogénito da aldeia para qualquer “graça divina”.

Não falo destas religiões ou crenças “selvagens” porque muitos ainda não passaram o século XIII, o período das trevas. Falo da Igreja Católica, com a bênção do Vaticano, do século XXI e desse novo papa retrógrado.

Uma menina do interior do Estado da Bahia no Brasil, de pouco mais de 30 kg de peso, com 9 anos de idade, foi uma criança abusada pelo padrasto durante os últimos 3 anos e que engravidou desse monstro. Socorrida por uma ONG, conseguiu que um grupo de médicos cuidasse dela e praticasse o respectivo aborto, porque, para além de tudo o que é evidente, não tenha condições físicas e anatómicas para a suportar.

O sr. Bispo da Bahia, excomungou a criança e a equipa médica, tendo tido o beneplácito do Vaticano. Simplesmente revoltante e monstruoso. Não me calo a semelhante acto hediondo e indigno de uma igreja que tem o desplante de ser moralista.

Gostaria de ouvir o nosso Cardeal dizer algo sobre esta atitude assassina do bispo brasileiro e do próprio Vaticano.