28/02/2009

PS : CONGRESSO EM ESPINHO


Joaquim Jorge

José Sócrates no seu discurso inaugural estando no seu casulo , sentiu um impulso para passar ao ataque como tão bem sabe , para ele , a melhor defesa é o ataque. sabia que essa vitimização iria ser recebida bem e colocaria o PS do seu lado.
Mas provavelmente já se esqueceu de outras campanhas diabólicas com assassinato de carácter e postura sobre a própria vida pessoal, feitas contra outras figuras que não eram do seu partido , por exemplo , Sá Carneiro . E de algumas feitas por socialistas contra figuras de outros partidos.
O poder ameniza tudo e esconde muita coisa . Esse também é um dos calcanhares de Aquiles da democracia. As promessas , atitudes e comportamentos são de um modo ,enquanto não se está no poder e, depois mutam-se quando se exerce o poder. Deveria haver um controlo efectivo do "uso da palavra" e " do que se promete". Em política não deve ser vergonha nenhuma corrigir as promessas para as compatibilizar com a realidade e assumir que esta crise económica actual é consequência de um largo período de negligência por parte de vários governos , muito deles socialistas. Os nossos problemas têm as suas raízes em erros passados. O Estado tem que liderar e assumir uma posição relevante, de novo.
O estilo autoritário de Sócrates ao invés de negociador e na busca de consensos criou uma onda de insatisfação e rejeição. Este Congresso está preocupado com o establishment económico mas também com o establishment político , a dificuldade de renovar uma maioria é evidente... Mais ainda com o discurso violento contra o BE , de António Costa alastrou para Lisboa . Neste congresso pairava a sombra de Manuel Alegre e agora de Pedro Santana Lopes.