Paulo Rangel , líder parlamentar do PSD que tem a missão dificílima de substituir Pedro Santana Lopes na liderança . Tem proferido afirmações contraditórias e por vezes de difícil entendimento para o comum dos cidadãos por exemplo ,« o caso Freeport não põe em causa legitimidade do Primeiro -Ministro» mas por outro lado diz que « José Sócrates não é de confiança política» e acrescenta que « é preciso distinguir política de justiça » e garante «que não é o caso Freeport que coloca em causa a legitimidade de José Sócrates» , «não pode pôr-se em causa a governabilidade devido a uma investigação judicial».
Eu devo ser tonto ou mau. O desgoverno do público e a corrupção tem marcado a actualidade política há imenso tempo. Qualquer coisa pública provoca a chispa e o estalido num recipiente carregado de matéria inflamável . Há montes de delitos , de casos por explicar e concluir. O que me parece é que o incêndio apaga-se porque alguns partidos têm telhados de vidro . O dinheiro não tem cor política e faz-se corrupção a quem o deseja. Se se estica demasiado a corda há o risco que o telhado caia sobre todos. Parece que existe um pacto para silenciar tudo o que aparece. Parece que a sociedade portuguesa é indiferente à corrupção pública e é consentânea com a sua "naturalização". Tem-se lavado muita roupa na praça pública mas eu pergunto em quem devemos confiar para acabar com a corrupção ? Eu acho que só acabará a corrupção quando não houver dinhheiro para repartir . A tentação é enorme quem está perto das decisões públicas . Quem não está com toda a certeza que não rouba nem tem como.
Os portugueses tem a veemente suspeita e certeza que há neste caso como noutros corrupção. O mais dificil é provar o caminho do dinheiro desde quem cobra até ao fim que se destina. Claro que não se pode condenar ninguém sem provas , isso compete a um juiz, mas que há vivissimas suspeitas com contornos de delito há , mas ficará tudo no segredo dos deuses , como é costume...