Caro Amigo: Peço que seja generoso na avaliação à minha, ainda fraca técnica.Sou uma jovem adulta (70A),que tem seguido o seu percurso,mas sem poder estar presente por motivos familiares.No ,entanto leio notícias, comentários e blogs . Ando muito triste pelo cenário mundial que nos pôs numa situação dramática e perigosa. Fala-se na crise de(29), mas eu começo a visualizar a"IDADE MÉDIA".Fala-se muito em CIDADANIA:chavão dos discursos políticos. A exclusão social que é uma bomba em potência.Os que vivem na cidade, nos bairros tocados pela pobreza, pela família fantasma, enfim ,os "supranumerários"do mercado de trabalho, os de precariedade permanente.A cidade, os subúrbios e os sem abrigo,cidadãos fragilizados sendo a maioria excluídos."Militar nestes bairros,através de associações de carácter social,cultural, acima de tudo feito com afectos.Os afectos conquistam.A agressividade com que se faz POLÍTICA,não leva a compreender que a dignidade de cada um passa pela dignidade de todos.Vou parar,já lhe tirei algum tempo,mas deixei desabafos de uma cidadã muito preocupada.Pode ser que as minhas reflexões lhe dêem ideias para o vosso Clube.Um pouco do meu perfil:mãe, avó,professora primária e neste momento aluna da Universidade Sénior Florbela Espanca-Matosinhos. Meus respeitosos cumprimentos.
Até amanhã! Até sempre!
Júlia Príncipe
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Jan 09
Apeteceu-me escrever isto
Por BRMF,
Se há blogue que me irrita, esse é o Clube dos Pensadores. Note-se que eu gosto de ser irritado e por isso costumo visitar o dito blogue. Irrita porquê? Começa pelo nome, Clube dos Pensadores. Querem nome mais snob que este? Nós, os pensadores; eles, os incultos, os iletrados, os que não pensam. Depois, irrita-me a incoerência do mentor do blogue. Já o vi defender que existe um conjunto de pessoas têm direito de antena a mais, sugerindo, inclusive, que fossem limitados os tempos de antena a alguns comentadores, afirmando-se “farto da ditadura da notoriedade”. Se assim pensa, devia dar o exemplo e recusar-se a escrever para a panóplia de jornais que escreve. Pela lógica do Sr. – não é a minha -, creio que a sua quota-parte de direito a aparecer já terá esgotado. Já era hora das suas atitudes irem ao encontro das suas opiniões. Terceiro, last but not least (e a razão mais importante), o que lá vem escrito é um conjunto de banalidades que nada acrescentam. Não é que isso tenha algum mal, muito pelo contrário, o meu blogue é prova disso. O irritante é fazê-lo com aquela pose de I am the only one. Agora, podem dizer-me vocês: tens bom remédio, não leias. É verdade. Mas continuo doente.
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Refundação da gramática
2009-01-26
Parece que Alberto João Jardim esteve no sábado no "Clube dos Pensadores", em Gaia, a pensar em voz alta perante uma selecta e pensativa assistência sobre a "Refundação da República".
Sou dos que sempre pensaram, ao arrepio de muitos, que Jardim pensa, e o acontecimento veio confirmar as minhas suspeitas. Infelizmente não pude testemunhar o fenómeno, mas a coisa prometia: "o tema 'Refundação da República' é algo interessante e tem haver, [vírgula] que é preciso dar a volta a este país" e Jardim "vai-se referir em relação a temáticas nacionais", pois "a Madeira é um exemplo paradigmático de que é possível fazer coisas e, [vírgula] interessantes". Ainda mais, vírgula, interessante era que o pensador de serviço falaria "de uma forma 'irresponsável' no melhor sentido da palavra". Andei pelos dicionários à procura do melhor sentido da palavra "irresponsável" para perceber "em relação" a que se referia o Clube dos Pensadores e o melhor que descobri foi "demente", "idiota", "incapaz", "inconsciente", "louco", "néscio". Fiquei em casa a ver futebol na TV mas agora, pensando melhor, acho que fiz mal.
Manuel António Pina