António Costa
Foi conhecido ontem, os últimos dados sobre a evolução da taxa de desemprego no quarto trimestre do ano passado. Resultados esses, que superaram pela positiva as estimativas do Governo e de alguns economistas, mas que olhando em pormenor, não são mais do que um sinal "Vermelho" de preocupação para o ano de 2009. Ora bem, de acordo com o INE ( Instituto Nacional de Estatística ) a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 7,8% no quarto trimestre do ano passado, uma subida face aos 7,7% registados nos três meses anteriores, mas abaixo do máximo verificado em 2007, Os dados foram sem dúvida melhores do que eu estava à espera, mas cheira-me que estes dados possam pecar por alguma falha no diz respeito aos desempregados que se encontram em formação e que não estejam aqui contemplados. Mas são dados oficiais, e como tal devemos respeitar. Durante o último semestre do ano passado destruíram-se cerca de 20 mil postos de trabalho, e há cada vez mais pessoas a desistir de procurar uma nova ocupação. Os números reflectem o abrandamento das actividades, estando integrados numa realidade que vai para além das fronteiras portuguesas. Com base no comportamento económico conjuntural dos nossos principais parceiros comerciais, nomeadamente Espanha e Alemanha, a presente conjuntura económica não dá asas a ninguém, para acreditar num "sideway movement" deste valor, durante o corrente trimestre. As falências e despedimentos durante o mês de Janeiro e Fevereiro, estão acontecer a um ritmo alucinante, sendo alguns casos por falta liquidez e investimento, noutros oportunismos para fazer limpeza de pessoal "non grato". Se analisarmos os gráficos da taxa de desemprego desde 2001, podemos verificar que o desemprego em Portugal duplicou dos 4% para cerca de 8%, em condições macro-económicas altamente favoráveis, quer dos nossos parceiros económicos, como do próprio consumo interno. O problema que se passou realmente com esta subida, prende-se de facto, com as constantes falhas nas reformas do código laboral, por parte do PSD e do PS, que só facilitaram a criação do trabalho precário e deslocalizações de empresas, invés de um trabalho efectivo com os devidos direitos laborais. As reformas feitas até então, têm se mostrado um verdadeiro desastre. O mesmo Sócrates que na campanha eleitoral de 2005 dizia que 7,1% de desemprego eram "a marca de uma governação falhada" e de uma "economia mal conduzida", continua a conduzir o emprego para um caminho sem rumo, sem sequer atingir valores abaixo dos 7%. Em conclusão, considero a taxa de desemprego actual péssima, mas ligeiramente melhor do que esperado, com sinais preocupantes de agravamento. Mais, num horizonte de curto prazo, não existem quaisquer sinais positivos, apenas um aproveitamento politico de um dado acima das estimativas. Cada dia que passa o cenário de catástrofe económica e social aumenta, e na Europa de Leste já soa o alarme. Doa a quem doer esta é a realidade. "
Foi conhecido ontem, os últimos dados sobre a evolução da taxa de desemprego no quarto trimestre do ano passado. Resultados esses, que superaram pela positiva as estimativas do Governo e de alguns economistas, mas que olhando em pormenor, não são mais do que um sinal "Vermelho" de preocupação para o ano de 2009. Ora bem, de acordo com o INE ( Instituto Nacional de Estatística ) a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 7,8% no quarto trimestre do ano passado, uma subida face aos 7,7% registados nos três meses anteriores, mas abaixo do máximo verificado em 2007, Os dados foram sem dúvida melhores do que eu estava à espera, mas cheira-me que estes dados possam pecar por alguma falha no diz respeito aos desempregados que se encontram em formação e que não estejam aqui contemplados. Mas são dados oficiais, e como tal devemos respeitar. Durante o último semestre do ano passado destruíram-se cerca de 20 mil postos de trabalho, e há cada vez mais pessoas a desistir de procurar uma nova ocupação. Os números reflectem o abrandamento das actividades, estando integrados numa realidade que vai para além das fronteiras portuguesas. Com base no comportamento económico conjuntural dos nossos principais parceiros comerciais, nomeadamente Espanha e Alemanha, a presente conjuntura económica não dá asas a ninguém, para acreditar num "sideway movement" deste valor, durante o corrente trimestre. As falências e despedimentos durante o mês de Janeiro e Fevereiro, estão acontecer a um ritmo alucinante, sendo alguns casos por falta liquidez e investimento, noutros oportunismos para fazer limpeza de pessoal "non grato". Se analisarmos os gráficos da taxa de desemprego desde 2001, podemos verificar que o desemprego em Portugal duplicou dos 4% para cerca de 8%, em condições macro-económicas altamente favoráveis, quer dos nossos parceiros económicos, como do próprio consumo interno. O problema que se passou realmente com esta subida, prende-se de facto, com as constantes falhas nas reformas do código laboral, por parte do PSD e do PS, que só facilitaram a criação do trabalho precário e deslocalizações de empresas, invés de um trabalho efectivo com os devidos direitos laborais. As reformas feitas até então, têm se mostrado um verdadeiro desastre. O mesmo Sócrates que na campanha eleitoral de 2005 dizia que 7,1% de desemprego eram "a marca de uma governação falhada" e de uma "economia mal conduzida", continua a conduzir o emprego para um caminho sem rumo, sem sequer atingir valores abaixo dos 7%. Em conclusão, considero a taxa de desemprego actual péssima, mas ligeiramente melhor do que esperado, com sinais preocupantes de agravamento. Mais, num horizonte de curto prazo, não existem quaisquer sinais positivos, apenas um aproveitamento politico de um dado acima das estimativas. Cada dia que passa o cenário de catástrofe económica e social aumenta, e na Europa de Leste já soa o alarme. Doa a quem doer esta é a realidade. "