António Costa
Ainda sem dar os primeiros passos, o código de trabalho já vai ser alvo de uma nova engenharia suspensiva por forma agradar o patronato. O ministro do Trabalho admitiu, na passada quarta-feira, que o agravamento da taxa social única suportada pelas empresas com os trabalhadores a prazo e o alívio das despesas com os contratos sem termo poderão entrar em vigor mais tarde, para evitar a perda de postos de trabalho. Alimentado pela crise económica e pela possibilidade de despedimentos em larga escala, este acto é reprovável e só servirá para ainda mais precarizar o sistema empregador que Portugal vive. O Governo actuando desta forma, só vem alimentar o que eu muito venho defendendo, falta de coragem politica na aplicação das regras laborais contra a exploração. O país está em entrar num regime laboral de escravidão e precariedade, onde o sistema empodrece logo ao nascer. A criação de confiança económica, parte não só dos agentes económicos, como também dos próprios consumidores, sendo estes a parte mais forte do ciclo. Não criar condições internas de confiança laboral, é abrir as portas para a desconfiança financeira das famílias, que se vêem assim privadas de comprar bens duradouros, com receio de ver o seu emprego desaparecer de um dia para o outro. A causa do enorme endividamento das famílias é também da responsabilidade do sistema laboral que não cria condições sólidas de emprego futuro. Penalizar as empresas seria um mal necessário, para pôr regras na anarquia laboral que se vive. Cada vez mais o país carece de lideres com punho forte. Em Portugal criam-se leis justas e no dia seguinte, anulam-se por causa da crise. Os trabalhadores precisam das empresas, assim como as empresas precisam dos trabalhadores, a balança tem de ser criada, não é só fazê-la pender para o mesmo sentido. A crise actual, não é mais do que a desgovernança da democracia, onde a classe poderosa se aproveita da boa vontade da classe pobre, para a explorar em beneficio próprio no casino económico. A balança tem de ser equilibrada por forma a evitar os desequilíbrios económicos que estamos assistir. Enfim, é o socialismo no qual eu não me enquadro.
Ainda sem dar os primeiros passos, o código de trabalho já vai ser alvo de uma nova engenharia suspensiva por forma agradar o patronato. O ministro do Trabalho admitiu, na passada quarta-feira, que o agravamento da taxa social única suportada pelas empresas com os trabalhadores a prazo e o alívio das despesas com os contratos sem termo poderão entrar em vigor mais tarde, para evitar a perda de postos de trabalho. Alimentado pela crise económica e pela possibilidade de despedimentos em larga escala, este acto é reprovável e só servirá para ainda mais precarizar o sistema empregador que Portugal vive. O Governo actuando desta forma, só vem alimentar o que eu muito venho defendendo, falta de coragem politica na aplicação das regras laborais contra a exploração. O país está em entrar num regime laboral de escravidão e precariedade, onde o sistema empodrece logo ao nascer. A criação de confiança económica, parte não só dos agentes económicos, como também dos próprios consumidores, sendo estes a parte mais forte do ciclo. Não criar condições internas de confiança laboral, é abrir as portas para a desconfiança financeira das famílias, que se vêem assim privadas de comprar bens duradouros, com receio de ver o seu emprego desaparecer de um dia para o outro. A causa do enorme endividamento das famílias é também da responsabilidade do sistema laboral que não cria condições sólidas de emprego futuro. Penalizar as empresas seria um mal necessário, para pôr regras na anarquia laboral que se vive. Cada vez mais o país carece de lideres com punho forte. Em Portugal criam-se leis justas e no dia seguinte, anulam-se por causa da crise. Os trabalhadores precisam das empresas, assim como as empresas precisam dos trabalhadores, a balança tem de ser criada, não é só fazê-la pender para o mesmo sentido. A crise actual, não é mais do que a desgovernança da democracia, onde a classe poderosa se aproveita da boa vontade da classe pobre, para a explorar em beneficio próprio no casino económico. A balança tem de ser equilibrada por forma a evitar os desequilíbrios económicos que estamos assistir. Enfim, é o socialismo no qual eu não me enquadro.