Mário Russo
Os grandes investimentos que este governo pretende levar a efeito são dos maiores em toda a Europa: o novo aeroporto de Lisboa e o TGV. São obras de regime, para perpetuar o nome do seu “fazedor” e, neste aspecto, o narcisismo de muitos governantes é por si só mais que suficiente para não hesitarem em andar com o procedimento, contra tudo e contra todos.
Há 3 anos atrás, a situação económica nacional e mundial estava camuflada. Todos os especialistas deitavam foguetes com o crescimento mundial (só Portugal é que patinava, mas a questão é outra).
Hoje, o panorama é muito diferente. A crise instalada pela ganância dos “assaltantes” dos cofres de bancos e das grandes empresas de referência, veio pôr a nu uma situação inesperada e de todo inqualificável.
Os bancos centrais acorrem ao desastre e os governos vão tentando recolher os vidros dos estardalhaços, espalhados por todo o lado.
É hora de reequacionar os programas e as prioridades estabelecidas. O investimento público é uma das saídas para animar a debilitada economia, carente de injecção de confiança e de dinheiro.
Sem dúvida que esse investimento pode ser uma almofada de oxigénio para o moribundo que está encostado ao leito da morte. Faz bem, por isso, os governos olharem com cuidado para esses investimentos e implementá-los. Mas não são quaisquer investimentos.
O governo liderado por Sócrates, o Teimoso, continua a marchar como se nada tivesse acontecido. Continua com os planos do TGV, que vai consumir milhões de milhões de euros. Muitas vezes mais que o novo aeroporto e a pergunta é: valerá a pena agora?
Não vale. O dinheiro vai inteirinho para o estrangeiro, porque o grosso do investimento é em equipamento e sistemas que vêm do estrangeiro. Vai fazer as delícias dos fabricantes e eventualmente dos nacionais que vão ganhar chorudas comissões.
O povo português, esse, vai pagar com língua de palmo por várias gerações.
Devia o governo recuar? Claro que sim e significaria inteligência e actuante face ao momento. É disso que se exige a quem governa. Pese embora colegas interessados nos projectos serem contra esta visão, devemos lembrarmo-nos que antes de técnicos, somos portugueses. O mega investimento no TGV, que não trará melhorias ao transporte nacional, não trará benefícios à economia nacional.
O mesmo montante do investimento do TGV dividido por 300 projectos de 200 ou 300 milhões de euros reanimava a nossa economia e requalificava o país. Seria mais equilibrador das desigualdades reinantes e sustentáculo de emprego, a maior de todas as riquezas de qualquer povo. Basta ter senso comum para constatar isto. Não é preciso ser sábio da economia.
Ainda vamos a tempo de emendar a mão, como soi dizer-se. Exige-se apenas responsabilidade do governo e maior combate por parte das oposições (existem?). O reequacionamento não é um recuo, mas um acto patriótico corajoso, digno de estadistas e não daqueles que estão apenas interessados na próxima eleição.
Os grandes investimentos que este governo pretende levar a efeito são dos maiores em toda a Europa: o novo aeroporto de Lisboa e o TGV. São obras de regime, para perpetuar o nome do seu “fazedor” e, neste aspecto, o narcisismo de muitos governantes é por si só mais que suficiente para não hesitarem em andar com o procedimento, contra tudo e contra todos.
Há 3 anos atrás, a situação económica nacional e mundial estava camuflada. Todos os especialistas deitavam foguetes com o crescimento mundial (só Portugal é que patinava, mas a questão é outra).
Hoje, o panorama é muito diferente. A crise instalada pela ganância dos “assaltantes” dos cofres de bancos e das grandes empresas de referência, veio pôr a nu uma situação inesperada e de todo inqualificável.
Os bancos centrais acorrem ao desastre e os governos vão tentando recolher os vidros dos estardalhaços, espalhados por todo o lado.
É hora de reequacionar os programas e as prioridades estabelecidas. O investimento público é uma das saídas para animar a debilitada economia, carente de injecção de confiança e de dinheiro.
Sem dúvida que esse investimento pode ser uma almofada de oxigénio para o moribundo que está encostado ao leito da morte. Faz bem, por isso, os governos olharem com cuidado para esses investimentos e implementá-los. Mas não são quaisquer investimentos.
O governo liderado por Sócrates, o Teimoso, continua a marchar como se nada tivesse acontecido. Continua com os planos do TGV, que vai consumir milhões de milhões de euros. Muitas vezes mais que o novo aeroporto e a pergunta é: valerá a pena agora?
Não vale. O dinheiro vai inteirinho para o estrangeiro, porque o grosso do investimento é em equipamento e sistemas que vêm do estrangeiro. Vai fazer as delícias dos fabricantes e eventualmente dos nacionais que vão ganhar chorudas comissões.
O povo português, esse, vai pagar com língua de palmo por várias gerações.
Devia o governo recuar? Claro que sim e significaria inteligência e actuante face ao momento. É disso que se exige a quem governa. Pese embora colegas interessados nos projectos serem contra esta visão, devemos lembrarmo-nos que antes de técnicos, somos portugueses. O mega investimento no TGV, que não trará melhorias ao transporte nacional, não trará benefícios à economia nacional.
O mesmo montante do investimento do TGV dividido por 300 projectos de 200 ou 300 milhões de euros reanimava a nossa economia e requalificava o país. Seria mais equilibrador das desigualdades reinantes e sustentáculo de emprego, a maior de todas as riquezas de qualquer povo. Basta ter senso comum para constatar isto. Não é preciso ser sábio da economia.
Ainda vamos a tempo de emendar a mão, como soi dizer-se. Exige-se apenas responsabilidade do governo e maior combate por parte das oposições (existem?). O reequacionamento não é um recuo, mas um acto patriótico corajoso, digno de estadistas e não daqueles que estão apenas interessados na próxima eleição.