Ser democracia implica ser mudança e ter a capacidade criar novos lideres que quebrem com as regras impostas pelos anteriores, mas sempre respeitando o que de mais benéfico para o povo ficou.
Este meu utópico desejo esbarra com a realidade de Portugal onde apenas as famílias, que já no passado eram possuidoras de algum tipo de riqueza mensurável, ou seja, as normalmente chamadas tradicionais são os focos de gestação dos dirigentes nacionais. Porque será que Portugal um país oligárquico? Talvez a resposta resida no povo, esse que em geral e uma massa dispersa que desconhece a capacidade de aglutinação para reivindicar os direitos. Esses mesmos direitos que são rasurados do seu dia a dia pelo o poder que os domina e lhes oferece causas de banalidade mediática para sua distração. Nos o povo temos a noção que nada poderíamos fazer contra um poder institucionalizado e enraizado na crença da sua origem superlativa, somos guiados por mãos invisíveis que elegemos de quatro em quatro anos. E neste ponto abre-se a brecha na muralha, nos elegemos com o intuito de numa hipótese que não deveria ser remota, nem como por muitos desejado de imediatismo ofuscante. Nos, o povo, somos o verdadeiro poder por isso temos de a nos próprios exigir melhores escolhas para quem nos governa e não nos deixarmos iludir por complexas construções de palavras vazias de conteúdo. E de promessas que são como balões de chumbo.
Os portugueses tem de ter a noção da massa critica, essa quantidade mítica que permite a fractura com o status quo que por demais esta instalado na nossa sociedade governante. Os casos de mudança de postos, em que o governante A e demitido apenas para dias depois ingressar no painel de comando de um posto B. O deputado que sai para ser depois ser convidado a ser presidente de uma câmara, da qual a maior parte das vezes o próprio desconhece a realidade da região ou ainda no reverso da medalha conhece, mas apenas conhece a parte que a ele lhe convém.
Não podemos deixar que os lugar de responsabilidade neste pais sejam hereditários, sejam eles governamentais, públicos ou simplesmente uma posição num departamento de uma perdida secção publica, onde por muito concursos que se façam apenas com um olhar nas folhas de ponto encontram-se famílias ou mesmo clãs. Este aspecto da consanguinidade será apenas uma das evidencias que em Portugal a sociedade se rege por valores que foram teoricamente destruídos a quando da implantação de uma republica que nasceu invalida apesar da cura estar na Mao de todos nos.
Carlos Magno Pinto
Engenheiro Genético
Reino Unido