A Justiça em Portugal com a sua morosidade põe em causa a própria democracia , pois é um dos seus pilares.
Chegou ao fim o julgamento mais longo realizado em Portugal , as alegações serão para agora mas o acórdão só virá para o ano.
Tanto e tanto tempo e esperamos ( nós portugueses ) que a culpa não morra solteira e que se case , não tem que ser pela igreja , basta um casamento civil . Agora ,sem ironia, fala-se muito dos arguidos e já pensaram o que tem passado as crianças indefesas ? Esperemos que a culpa deste processo não seja das crianças ! Espero que o poder judicial na sua dignidade e credibilidade saia reforçado perante os portugueses.
É lamentável , que se pense , que aqueles que dispõem de poder económico ou capacidade de influência possuem acesso privilegiado à Justiça. E, por isso, é necessário existir um relacionamento aberto e transparente , em condições de igualdade.
Esta angústia , interrogação , impunidade corrói os valores democráticos. Não pode haver favoritismo : dois pesos e duas medidas. A naturalização política pelos cidadãos, que os poderosos safam-se sempre , está enraizada.