18/07/2008

Os Parêntesis e o Trampolim




Depois de alguns problemas de percurso ou melhor ``e-mail problems´´ já que este me finta qual Cristiano Ronaldo, aqui estou eu ainda vivo e a respirar a enviar o que já devia ter enviado há dois ou três dias.Eu sei que o Joaquim Jorge não vai ligar nenhum a este ``e-mail´´, ou se o vai publicar, até porque semanalmente nos encontramos e semanalmente ele sabe o que penso dele. Acontece porém que quarta-feira passada 16/8/2008, o cálice transbordou, para não lhe chamar a caneca, os ânimos exaltaram-se e como é habitual ao fim de um minuto estamos nas trocas de galhardetes. De notar que recebo mais galhardetes do que envio, o que não é de espantar, pois não sou professor de liceu, nem tenho por hábito ser moderador de Clube nenhum. Quero com isto dizer que a persuasão para falar é mais forte da parte dele, nem que seja preciso recorrer ao botão de tenor. Vocês não conhecem o tenor dele, provavelmente, mas não é preciso puxar muito pelos neurónios para imaginá-lo numa ópera, é só visioná-lo em pé a meio de um debate em vez de sentado no sofá.



Venho pela primeira vez escrever no teu blog, sobre o teu Clube, que fizeste nascer e do qual falas com um amor quase irreal. Atendendo ao que conquistaste (e não me venhas com a história que fomos nós que fizemos, porque por mim ele nem a feto chegava) e já agora deixa-me dizer que vais ver muitos parêntesis pelo caminho porque a vida é feita deles também (não estou só a falar destes, como dos que te vão continuar a aparecer na tua vida), onde é que eu ia...ah, é verdade...este teu Clube, que nós de vez em quando usufruímos dele como de um viagra da democracia, e da alegria também, porque não, chegou a um patamar tal de importância no marasmo nacional, que tudo o que tu possas fazer ou dizer no presente, tem um realce tal, que o poder político, a sociedade e os media estão atentos ao que nessa hiper - tertúlia se passa (que analisando bem, não se passa nada, pois daí não sai nenhuma lei ou partido ou coisa alguma). Mas que algo se passa... passa, porque senão, não se via tanta gente preocupada com esse espaço, que por sinal se está a tornar normalmente exíguo para as "hiper - tertúlias" conduzidas por ti. Por falar em conduzir, a razão desta minha primeira intervenção , é precisamente referente à tua condução . Porque não um dia fazer o seguinte: chamas alguém da sociedade civil, chamas mais quem tu quiseres, mas o convidado és tu. Que tal seres o convidado por um dia? Um bem haja deste teu amigo (que te pica sempre que pode e não gosta de te ver como um trampolim).

José Manuel Vaz
Membro do Clube