09/05/2008

OPINIÃO

Caros amigos “Pensadores”,

"É pena ser anónimo e não se identificar mas como foi educado e explanou o seu ponto de vista eu publiquei o seu comentário."

Peço que me desculpe o anonimato, involuntariamente... de facto, foi por lapso... detesto todos os que não dão a cara e, por isso, aí vai a minha identificação:


Informações complementares:

Fui – e continuo a ser - um “Eanista” assumido, porque, de facto, Eanes, para além de ter sido o 1.º PR do após implantação da Democracia, eleito – e reeleito – democraticamente, contribuiu para a estabilidade governativa do nosso pobre país “à beira – mar plantado” ao conseguir transferir parte do eleitorado do PS (do, ora “hibernado” Soares) para o PSD (de Cavaco) e que, à custa do PPD/PSD e do CDS/PP chegou à PR (que se cuide, porque… poderá acontecer que passe a ser o único PR a não ser reeleito!...). Ou será que os socialistas vão engolir o mesmo “sapo vivo” que “engoliram” os comunistas aquando da eleição de Soares na 2.ª volta do seu 1.º mandato, bem como alguns sociais – democratas aquando da reeleição do mesmo Soares no 2.º mandato?... Espero que não…

Após a previsível extinção do, então, PRD (à imagem de Eanes), continuei a ser um cidadão, sentimentalmente, do chamado “centro – esquerda”, identificado com a social – democracia (do saudoso Sá Carneiro)… E – na minha opinião – seguida por Santana / Menezes (mais por este, pela simples razão de ser um Gaiense)… De facto, e desde que Menezes passou a liderar “Gaia na Frente”, deixei de ter vergonha de dizer, em qualquer parte do mundo, que sou de Gaia, quando, antes, dizia, como a maioria dos gaienses, que era do Porto… pelo contrário, agora, quando sou “obrigado” a ir à histórica “Cidade Invicta”, fico logo com vontade de regressar à minha cidade que – diga-se – é uma referência a nível nacional, em todos os aspecto, quer em relação às grandes obras que não são visíveis (saneamento básico, distribuição de água e electricidade, “ETAR’S”, etc., etc.), como em relação àquelas que “dão no olho”, como – por exemplo – em relação às grandes vias estruturantes… é que, melhor mobilidade = a mais empreendimentos = a mais empregos, para não ser exaustivo a falar de outras importantes áreas (equipamentos culturais, recreativos, desportivos, sociais, ambientais, educativos, etc., etc.).

Mas, voltando à chamada “Democracia” do após mais ou menos “ditadura” – Democracia?... Vamos fazer um exercício de consciência: 34 anos = 23 governos (6 provisórios + 17 constitucionais); retirando a estes 12 anos correspondentes a 3 governos completos (Cavaco 2, em 3 mandatos e Guterres 1, em 2 mandatos), chega-se à simples e triste conclusão de que em 22 anos tivemos 20 (des)governos incompletos, ou seja, em média, 1 (des)governo incompleto!... Daí, a justificação para a crise instalada no nosso querido Portugal Democrático e que tão mal tratado tem sido pelos tais “democratas”… por exemplo: Soares chegou a PR, à custa de Lurdes Pintassilgo, mas, como governante… foi dos que nunca chegou ao fim de um mandato!... Mas, o que é mais grave, é que, ainda hoje (“hibernado”), ainda continua a auto – intitular-se de “Pai da democracia”, com o aval dos chamados “comentadores políticos” da nossa praça!... O melhor é ficarmos por aqui…

José Duarte Amaral
VN Gaia