Sob o tema Poder Local vs. Poder Central realizou-se mais um debate do Clube dos Pensadores, desta vez em Matosinhos, mas com a afluência de sempre.
Numa altura em que a região norte é a mais deprimida do País e provavelmente da Europa,o tema era mais que aliciante, sobretudo porque o painel de oradores era constituído por personalidades que têm experiência dos dois lados do poder. Estavam pois, reunidas as condições para se debaterem temas importantes, desde logo o que parece ser o choque entre esses dois poderes e as saídas para o desenvolvimento seja através da descentralização, seja através da regionalização, até porque sendo-se partidário de uma ou de outra soluções, o que une, especialmente quem vive nesta região e a vê todos os dias a degradar-se, é que alguma coisa tem que ser feita. E Já.
Bem alertou Joaquim Jorge que o debate tinha tema e que gostava de o ver discutido ; bem que pediu que não se falasse em candidaturas ; bem que Lino Ferreira logo na sua primeira intervenção lembrou que o debate acontecia longe das pressões próprias de períodos eleitorais, estendendo assim a passadeira para uma discussão profícua, daquelas que ele, como “habitue” do Clube, sabe que aqueles que o frequentam procuram.
Em vão.
Do tema proposto a única ideia forte que retirei veio da curiosa afirmação de Lino Ferreira, quando percebeu que no período em que, enquanto responsável da DREN, quanto mais trabalhava no projecto de descentralização escolar, mais vezes tinha que ir a Lisboa. Sério aviso.
Quanto a candidaturas? São aos pares. Alívio.
E, no entanto, este pode ter sido o debate, e só falhei dois, para mim mais clarificador quando sem querer me fui dando conta da diferença de postura e de discurso assertivo de quem a partir de um percurso profissional por todos reconhecido chegou à política “já velho e com cabelos brancos” como Lino Ferreira, e o discurso de cariz partidário de quem, mesmo sem os sinais que a vida vai deixando e independentemente dos seus méritos que reconheço sem qualquer dificuldade, leva vinte ou trinta anos de aparelho partidário como Narciso Miranda e Marco António Costa.
Esclarecedor.
Filipe Andrade
Numa altura em que a região norte é a mais deprimida do País e provavelmente da Europa,o tema era mais que aliciante, sobretudo porque o painel de oradores era constituído por personalidades que têm experiência dos dois lados do poder. Estavam pois, reunidas as condições para se debaterem temas importantes, desde logo o que parece ser o choque entre esses dois poderes e as saídas para o desenvolvimento seja através da descentralização, seja através da regionalização, até porque sendo-se partidário de uma ou de outra soluções, o que une, especialmente quem vive nesta região e a vê todos os dias a degradar-se, é que alguma coisa tem que ser feita. E Já.
Bem alertou Joaquim Jorge que o debate tinha tema e que gostava de o ver discutido ; bem que pediu que não se falasse em candidaturas ; bem que Lino Ferreira logo na sua primeira intervenção lembrou que o debate acontecia longe das pressões próprias de períodos eleitorais, estendendo assim a passadeira para uma discussão profícua, daquelas que ele, como “habitue” do Clube, sabe que aqueles que o frequentam procuram.
Em vão.
Do tema proposto a única ideia forte que retirei veio da curiosa afirmação de Lino Ferreira, quando percebeu que no período em que, enquanto responsável da DREN, quanto mais trabalhava no projecto de descentralização escolar, mais vezes tinha que ir a Lisboa. Sério aviso.
Quanto a candidaturas? São aos pares. Alívio.
E, no entanto, este pode ter sido o debate, e só falhei dois, para mim mais clarificador quando sem querer me fui dando conta da diferença de postura e de discurso assertivo de quem a partir de um percurso profissional por todos reconhecido chegou à política “já velho e com cabelos brancos” como Lino Ferreira, e o discurso de cariz partidário de quem, mesmo sem os sinais que a vida vai deixando e independentemente dos seus méritos que reconheço sem qualquer dificuldade, leva vinte ou trinta anos de aparelho partidário como Narciso Miranda e Marco António Costa.
Esclarecedor.
Filipe Andrade