Estamos a terminar mais um ano e já lemos artigos que fazem retrospectivas do que aconteceu durante o ano e lançam ideias e previsões para o ano que se avizinha.
Convidaram-se para fazer um editorial deste tipo, mas confesso que não esperava. Tendo aceite esta responsabilidade, pensei bem nos acontecimentos que poderiam figurar num editorial desta natureza mas recuei, porque era um exercício de memória e pessoal, eventualmente demasiado fácil descrever o que já se passou. Assim, optei fazer um retrato do mundo em 2007, com o olhar de 1997, apenas 10 anos antes.
E porquê? Porque há 10 anos já se tinha derrubado o muro de Berlim, a Internet era uma realidade, tínhamos um novo Secretário-geral na ONU, a globalização tornava-se uma realidade, conhecíamos as ameaças dos fundamentalistas islâmicos, o problema com os Taliban no Afeganistão, a questão israelo-palestiniana, a ameaça Sadam no Iraque, as graves consequências para o planeta Terra devido às emissões gasosas, provocando as alterações climáticas, os dramas de fome e morte devido às grandes vagas de refugiados fugindo a guerras fratricidas, sobretudo em África etc. Sabia-se quais as ameaças e como resolvê-las ou combatê-las.
Assim, nesse fim de ano de 1997 eu previa que, dez anos depois, ou seja, em 2007, o mundo fatalmente teria mudado para melhor porque a queda do muro era o sinónimo do começo da fraternidade ecuménica entre os povos: todos diferentes, todos iguais.
Não haveria fome no mundo, porque o que se produzia no campo, e de forma crescente, era suficiente para que todos os cidadãos planetários pudessem ter uma refeição digna em cada dia.
A globalização, com a sua auto-estrada Internet, permitirá que em pouco tempo as nações mais pobres beneficiem economicamente, satisfazendo as necessidades dos seus povos.
O derrube dos tiranos e fundamentalistas seria perpetrado com a ajuda das Nações Unidas, ou apenas com os EUA e aliados mais próximos, libertando os povos do Afeganistão e do Iraque das agruras de fundamentalistas e de sanguinários ditadores, transformando aqueles países em exemplos de democracia e de desenvolvimento na região, imperando a paz entre todos os povos.
Os árabes seriam tolerantes para com os cristãos e confraternizariam com judeus. Os judeus respeitariam os árabes. O Afeganistão seria invadido de progresso trazido pelos americanos com a expulsão dos Taliban.
O Iraque sem Sadam seria um paraíso industrial e turístico. O Líbano, sem a “gangorra” do Hezbolah e a dominação da Síria, voltaria a ser a Suiça do Oriente. Os revolucionários que tomaram o poder defendiam os seus povos e não seriam cleptocratas, como é Putin e tantos lideres africanos são.
De facto o mundo seria bem melhor e mais seguro do que era em 1997. A realidade está à vista de todos. Sendo estes os desejos do então novo Secretário-Geral Kofi Annan, e que eu próprio achava serem alcançáveis, não passaram de ilusão: o ser humano é muito pior do que se pensa e pouco mudou em termos de barbárie em relação ao que foi no tempo das cavernas, só refinou os instrumentos.
Ainda assim, no dealbar do novo ano, desejo a todas as pessoas um mundo de PAZ e de mais igualdade. Aos amigos desejo um Feliz Natal e próspero ano novo e que o Clube dos Pensadores continue na senda do sucesso que tem experimentado com a superior coordenação do irreverente, inovador e sagaz Joaquim Jorge, a quem desejo as maiores felicidades pessoais e profissionais.
Convidaram-se para fazer um editorial deste tipo, mas confesso que não esperava. Tendo aceite esta responsabilidade, pensei bem nos acontecimentos que poderiam figurar num editorial desta natureza mas recuei, porque era um exercício de memória e pessoal, eventualmente demasiado fácil descrever o que já se passou. Assim, optei fazer um retrato do mundo em 2007, com o olhar de 1997, apenas 10 anos antes.
E porquê? Porque há 10 anos já se tinha derrubado o muro de Berlim, a Internet era uma realidade, tínhamos um novo Secretário-geral na ONU, a globalização tornava-se uma realidade, conhecíamos as ameaças dos fundamentalistas islâmicos, o problema com os Taliban no Afeganistão, a questão israelo-palestiniana, a ameaça Sadam no Iraque, as graves consequências para o planeta Terra devido às emissões gasosas, provocando as alterações climáticas, os dramas de fome e morte devido às grandes vagas de refugiados fugindo a guerras fratricidas, sobretudo em África etc. Sabia-se quais as ameaças e como resolvê-las ou combatê-las.
Assim, nesse fim de ano de 1997 eu previa que, dez anos depois, ou seja, em 2007, o mundo fatalmente teria mudado para melhor porque a queda do muro era o sinónimo do começo da fraternidade ecuménica entre os povos: todos diferentes, todos iguais.
Não haveria fome no mundo, porque o que se produzia no campo, e de forma crescente, era suficiente para que todos os cidadãos planetários pudessem ter uma refeição digna em cada dia.
A globalização, com a sua auto-estrada Internet, permitirá que em pouco tempo as nações mais pobres beneficiem economicamente, satisfazendo as necessidades dos seus povos.
O derrube dos tiranos e fundamentalistas seria perpetrado com a ajuda das Nações Unidas, ou apenas com os EUA e aliados mais próximos, libertando os povos do Afeganistão e do Iraque das agruras de fundamentalistas e de sanguinários ditadores, transformando aqueles países em exemplos de democracia e de desenvolvimento na região, imperando a paz entre todos os povos.
Os árabes seriam tolerantes para com os cristãos e confraternizariam com judeus. Os judeus respeitariam os árabes. O Afeganistão seria invadido de progresso trazido pelos americanos com a expulsão dos Taliban.
O Iraque sem Sadam seria um paraíso industrial e turístico. O Líbano, sem a “gangorra” do Hezbolah e a dominação da Síria, voltaria a ser a Suiça do Oriente. Os revolucionários que tomaram o poder defendiam os seus povos e não seriam cleptocratas, como é Putin e tantos lideres africanos são.
De facto o mundo seria bem melhor e mais seguro do que era em 1997. A realidade está à vista de todos. Sendo estes os desejos do então novo Secretário-Geral Kofi Annan, e que eu próprio achava serem alcançáveis, não passaram de ilusão: o ser humano é muito pior do que se pensa e pouco mudou em termos de barbárie em relação ao que foi no tempo das cavernas, só refinou os instrumentos.
Ainda assim, no dealbar do novo ano, desejo a todas as pessoas um mundo de PAZ e de mais igualdade. Aos amigos desejo um Feliz Natal e próspero ano novo e que o Clube dos Pensadores continue na senda do sucesso que tem experimentado com a superior coordenação do irreverente, inovador e sagaz Joaquim Jorge, a quem desejo as maiores felicidades pessoais e profissionais.
engenheiro , professor no IPV , membro do clube e frequente no blogue