Juliana Santos
Críticas
Críticas
O Clube dos Pensadores é para seres pensantes, pensativos, insatifeitos com o mundo tal como ele é. Enfim, insaciáveis. Se assim não for, se esta concepção relativa à iniciativa louvável e bendita que é o Clube dos Pensadores for errada, gostaria que mo dissessem francamente desde já, ou seja, desde o primeiro instante em que passei a ter voz activa enquanto membro deste clube.
Estive no debate “ A Verdade e a Política”, aprendi com o debate, participei no dito debate e ouso agora criticá-lo. Sim, porque por crítica entenda-se: “apreciação do valor intelectual, estético, moral de obras humanas” e não meramente “juízo desfavorável”, “censura” ou “maledicência”. Sim, porque a crítica faz parte do dia-a-dia dos senhores e das senhoras pensantes e eu, tal pensante e insaciável de pensamentos que sou, não posso deixar de colocar os “óculos críticos” que dão aqui a conhecer as minhas impressões acerca do que foi a noite fervilhante de ideias de segunda-feira, dia 17 de Setembro de 2007.
A ordem das críticas não é relevante.
Crítica nº 1: A participação do público foi fervilhante e, por isso mesmo, surpreendente. Muita foi a diversidade de opiniões e curiosas, foram com certeza, as razões da vinda de tantos participantes (150, não é mesmo?)
Crítica nº 2: A pontualidade deveria ser um aspecto a prezar, o máximo possível.
Crítica nº 3: As apresentações breves por parte dos oradores facilitam o debate no final. Sendo o debate o acto mais importante desta peça, por conseguinte é o público mais importante que os actores em palco. E porquê? Porque é o público quem vem por vontade própria e sem a pressão de compromisso; é o público quem escuta os oradores, assimila novos conhecimentos e critica as suas ideias apresentadas; é o público quem interroga, confronta, avalia, desfruta, aprende, revolta-se…O público assiste mas não é passivo. E este público-activo é a alma destes debates.
Crítica nº 4: Logo que um indivíduo do público lança alguma questão e essa é respondida pelo(s) orador(es), creio que aquele deveria ter o direito à última palavra sobre o assunto, embora não o tenha que exercer forçosamente. Por vezes, o(s) orador(es) fogem à questão, subterfugindo com respostas pouco consistentes. Assim sendo, quem colocou a pergunta deveria ter espaço para dizer se o orador foi justo na abordagem que fez da questão: quer ao nível da interpretação que fez da pergunta, quer ao nível da consistência da resposta que deu à mesma.
Crítica nº 5: Tal como escrevi nas linhas relativas às sugestões (e o Joaquim Jorge pode naturalmente confirmá-lo), penso que as caras “desconhecidas” devam ter prioridade de intervenção em relação aos demais. Pois se o interesse do clube é promover o debate e acolher, quer no clube quer nos debates ao vivo, o máximo número de “cérebros”, faz todo o sentido que um bom acolhimento seja proporcionado a pessoas que estarão na mesma situação em que eu estive aquando deste debate. Trata-se de discriminação positiva, bem sei. A causa é nobre, não concordais?
Crítica nº 6: A minha pergunta foi mal feita, daí que as respostas não disseram respeito à questão colocada. O que eu queria de levar a reflectir era acerca da suposta igualdade evocada por Ana Gomes, acerca do paralelo que estabeleceu entre a igualdade e a verdade na política e assim fazer chegar à questão do directório LINGUÍSTICO que se vem criando no seio da UE.
recém-licenciada em Relações internacionais na UM