Mário Russo
Esta semana foi marcante a notícia de que havia um forte diferendo entre o governo, pela voz do Sr. Engº Mário Lina e a Administração do Metro do Porto a propósito dos 80 milhões de euros para uma das suas linhas. O argumento espartano, à ex-Membro do Comité Central do PC Mário Lino, é de que serão precisos mais estudos. Este episódio, sem menorizar a valia dos estudos, chama a atenção para a passividade com que toda a gente assiste aos dislates dos governos sempre que há investimentos a serem feitos no país, fora de Lisboa e, em especial no Porto/Norte. Desde as parangona com que aparecem na imprensa os “derrapanços” nas contas do Metro do Porto, e praticamente nada no que concerne às derrapagens (normais) do Metro de Lisboa com défice de exploração anual superiores a 160 milhões de euros. Esse mesmo ministro, não faz questão de ponderar outra localização para o novo aeroporto de Lisboa, em vez da OTA, que redundará num desperdício de mais de 1,5 mil milhões de euros, mas é enfático e inflexível no caso da Área Metropolitana do Porto, por causa de 80 milhões. Não duvido que sejam necessários, eventualmente melhores estudos e não mais estudos, mas apenas lembro o desajustado comportamento centralista de Lisboa.
Os Governos PSD e PS continuam a desinvestir no país para combater o défice, como se sabe, mas atente-se como variaram ao longo dos últimos anos os investimentos da Administração Central nos dois maiores distritos:
Variação em percentagem do PIDDAC
01/02 ; 02/06; 05/06
- 10,1% ; -16,9% ; -27,8% Portugal
-35,4%; -47% ; -54,9% Porto
-28,5% ; -37,8% ; -34,5% Lisboa
Como se constata, Lisboa, que se encontra em termos de rendimentos próximo da média europeia, não participa do esforço de igual modo como o Porto, onde a redução do investimento é sempre superior ao verificado em Lisboa. Há alguma dúvida de que uma Regionalização, acabando com Direcções Regionais e CCDRs, e criação de governos regionais nas 5 regiões plano se obteriam resultados mais justos no desenvolvimento do país?
Esta semana foi marcante a notícia de que havia um forte diferendo entre o governo, pela voz do Sr. Engº Mário Lina e a Administração do Metro do Porto a propósito dos 80 milhões de euros para uma das suas linhas. O argumento espartano, à ex-Membro do Comité Central do PC Mário Lino, é de que serão precisos mais estudos. Este episódio, sem menorizar a valia dos estudos, chama a atenção para a passividade com que toda a gente assiste aos dislates dos governos sempre que há investimentos a serem feitos no país, fora de Lisboa e, em especial no Porto/Norte. Desde as parangona com que aparecem na imprensa os “derrapanços” nas contas do Metro do Porto, e praticamente nada no que concerne às derrapagens (normais) do Metro de Lisboa com défice de exploração anual superiores a 160 milhões de euros. Esse mesmo ministro, não faz questão de ponderar outra localização para o novo aeroporto de Lisboa, em vez da OTA, que redundará num desperdício de mais de 1,5 mil milhões de euros, mas é enfático e inflexível no caso da Área Metropolitana do Porto, por causa de 80 milhões. Não duvido que sejam necessários, eventualmente melhores estudos e não mais estudos, mas apenas lembro o desajustado comportamento centralista de Lisboa.
Os Governos PSD e PS continuam a desinvestir no país para combater o défice, como se sabe, mas atente-se como variaram ao longo dos últimos anos os investimentos da Administração Central nos dois maiores distritos:
Variação em percentagem do PIDDAC
01/02 ; 02/06; 05/06
- 10,1% ; -16,9% ; -27,8% Portugal
-35,4%; -47% ; -54,9% Porto
-28,5% ; -37,8% ; -34,5% Lisboa
Como se constata, Lisboa, que se encontra em termos de rendimentos próximo da média europeia, não participa do esforço de igual modo como o Porto, onde a redução do investimento é sempre superior ao verificado em Lisboa. Há alguma dúvida de que uma Regionalização, acabando com Direcções Regionais e CCDRs, e criação de governos regionais nas 5 regiões plano se obteriam resultados mais justos no desenvolvimento do país?
engenheiro e membro do clube

